A escola em Segunda Chamada: narrativas e produção de sentido sobre a educação pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barros, Gabriela Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
EJA
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-05112024-144214/
Resumo: Este trabalho se presta a mergulhar no universo ficcional da série Segunda Chamada (2019) (2021), produzida pela Globo e veiculada também na plataforma Globoplay, com o intuito de vislumbrar de que forma a sua construção narrativa trata da escola pública e da educação. A série versa sobre o universo escolar da fictícia Carolina Maria de Jesus que à noite recebe estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e a partir deste cenário buscamos compreender com base na Análise do Discurso (AD) de corrente francesa e em teóricos dos Estudos Culturais, como se constituem os sentidos que se produzem sobre esse importante espaço social, como a narrativa seriada se estrutura em torno do tema educação, quais recursos são utilizados e que lugares a educação e a escola ocupam na narrativa. Percebemos que a série faz uso do melodrama em conjunto com o realismo com o intuito de dramatizar a realidade dos sujeitos que compõem o universo escolar, o qual se propõe a explorar. A escola de fato ocupa centralidade no enredo da série, não apenas como palco para desenvolvimento de plots e subplots, mas também como objeto de tramas, sendo problematizada como instituição de ensino e social. Aspectos relacionados à dinâmica de ensino e à relação professor(a)-aluno(a) também são abordados pela série contrariando nossa hipótese inicial de que a escola desempenharia papel secundário na estrutura narrativa, servindo com suporte para desenvolvimento de outras questões temáticas. Apesar do tom de denúncia e de se apoiar em Paulo Freire, contudo, a narrativa não caminha para uma proposta de transformação social efetiva.