Diversidade filogenética ao longo de gradientes altitudinais em comunidades vegetais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Melhem, Rafael de Souza Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-02122024-145757/
Resumo: Historicamente, há um esforço para incorporar processos ecológicos ao conhecimento evolutivo. Ao investigar a estrutura filogenética de uma comunidade, existem dois possíveis padrões não aleatórios que emergem do pool de espécies: agrupado ou sobre-disperso. Os dois principais processos ecológicos associados à montagem de comunidades que foram inferidos a partir destes padrões filogenéticos são a competição e o filtro ambiental, respectivamente. O objetivo deste estudo é investigar, por meio de uma meta-análise, como o gradiente altitudinal afeta a estrutura filogenética e como características ambientais e decisões metodológicas influenciam a intensidade dessa relação. Dado que, quanto maior a elevação mais desafiantes são as condições ambientais, nossas hipóteses são que (i) quanto maior a elevação, maior a agregação filogenética; (ii) a correlação entre agregação filogenética e elevação tenderá de positiva a neutra à medida que a latitude aumenta; (iii) a correlação entre agregação filogenética e elevação tenderá de positiva para neutra à medida que a amplitude de gradiente altitudinal diminui; (iv) a correlação entre agregação filogenética e elevação será neutra quando a escala do pool regional for subestimada ou superestimada; (v) a correlação entre agregação filogenética e elevação será mais evidente dentro de cada região biogeográfica. Dos 2970 trabalhos encontrados em nossa busca sistemática, 25 com 45 observações foram elegíveis para serem utilizadas na meta-análise. O tamanho do efeito na meta-análise foi definido como o coeficiente de correlação de Pearson entre altitude e NRI, variável operacional do grau de parentesco entre as espécies. Não encontramos nenhum padrão geral de correlação entre agregação filogenética e altitude, e tampouco a influência da latitude ou da amplitude da faixa de gradiente no tamanho do efeito pôde ser notada. Na região do velho mundo, não houve influência detectável da latitude no tamanho de efeito, enquanto, na região neotropical, a latitude influenciou o tamanho de efeito, variando de neutro em latitudes mais baixas a valores positivos em latitudes mais altas. Quando o pool de espécies é considerado, na escala regional, a correlação entre agregação filogenética e altitude foi positiva. De um modo geral, nos perguntamos por que as filogenias não explicam a ecologia como esperávamos.