Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Saraiva, Daniel Dutra |
Orientador(a): |
Jarenkow, João André |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/187211
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Resumo: |
Abordagens integrativas considerando diferentes dimensões da diversidade (p.ex., taxonômica, funcional, ou filogenética) cada vez mais estão sendo utilizadas para (1) avançar o nosso conhecimento sobre os mecanismos que criam e mantém a biodiversidade, e (2) elucidar a distribuição da biodiversidade tanto em áreas geográficas de interesse como dentro de áreas protegidas. De fato, entender como a biodiversidade se distribui no espaço e como ela é mantida ao longo do tempo é fundamental para embasar o planejamento de áreas protegidas e corredores ecológicos, assim como auxiliar no manejo de espécies invasoras, restauração de habitats degradados e manejo de ecossistemas. Nessa perspectiva, os objetivos centrais desta tese foram: (1) avaliar os mecanismos ecológicos e evolutivos, que potencialmente influenciam a diversidade beta taxonômica e filogenética de árvores nas florestas Atlânticas do sul do Brasil, e (2) avaliar como os componentes taxonômicos e filogenéticos se distribuem ao longo destas florestas, e como eles são representados dentro da rede regional de áreas protegidas. Para tal, utilizei modelagem de equações estruturais (capítulo 1) para testar a validade de uma rede de hipóteses ligando dados e teoria. No capítulo 1, avaliei a relação entre a diversidade beta taxonômica e filogenética, e como elas se relacionam com a riqueza de espécies, filtragem ambiental, espaço geográfico e estrutura filogenética (agrupamento filogenético). Nesse capítulo, concluí que a diversidade beta taxonômica é influenciada principalmente pelos gradientes altitudinais e climáticos, enquanto que a diversidade beta filogenética é determinada também pelo grau de agrupamento filogenético, em nível local, que provavelmente reflete o conservadorismo de nicho dentro das linhagens e distúrbio humano, que historicamente tem conduzido as florestas estudadas a um processo de homogeneização biótica. Em relação ao segundo objetivo, utilizei uma abordagem integrativa para predizer e mapear os componentes taxonômicos e filogenéticos da diversidade de árvores e, em seguida, avaliar a efetividade da rede de áreas protegidas em representar tais componentes nas florestas Atlânticas do sul Brasil. Nesse capítulo, concluí que as áreas protegidas são insuficientes para preservar adequadamente a biodiversidade de árvores nestas florestas. Sugeri que a expansão da rede em direção as áreas de alta singularidade taxonômica e filogenética, como definidas aqui, poderia aumentar, ao mesmo tempo, a representação da riqueza de espécies, da diversidade beta e da história evolutiva das espécies estudadas. Sugeri também que a inclusão de áreas de alta insubstituibilidade, em termos de história evolutiva, poderia ajudar a aumentar a proteção da diversidade de características e do potencial evolutivo das espécies. |