Produção primária e estrutura da comunidade fitoplanctônica no Reservatório do Lobo (SP): uma comparação entre fatores ecológicos na represa e nos seus principais tributários

• Ano de defesa: 1993
• Autor(a) principal: Oliveira, Marcia Divina de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: .
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-30092024-104934/

O Resertrvatórioo do Lobo e seus principais tributários, localizado no Estado de São Paulo, foi estudado em três épocas do ano (outubro/90, janeiro/91 e junho/91) quanto aos parâmetros físicos, químicos, biológicos e climatológicos, bem como a interação destes influenciando na estrutura da comunidade fitoplanctônica nos diferentes ambientes. A estrutura da comunicade fitoplanctônica foi estudade através da análise da abundâncis, diversidade, equitabilidade e riqueza de eepécies. Além disso, foi feita a determinação e comparação da produção primária nos diferentes compartimentos. As amostras analisadas doram coletadas em oito estações diferentes do reservatório, englobando dois tributários (Rio Itaqueri e Ribeirão do Lobo), três estações em região de transição rio-represa e três no corpo central da represa. Nas regiões lóticas foi amostrado um único ponto, onde foi feita variação diurna de parâmetros fisicos, químicos e biológicos. Nas demais estaçõpes obteve-se perfis verticais, com profundidade determinadas através da penetração da intensidade luminosa (75%, 50%, 25%, 10% e 1%). A produção primária da comunidade fitoplanctônica foi determinada pelos métodos do ¹C e do oxigênio dissolvido, enquanto que nas regiões lóticas foi aplicado o método de curva única, que se baseia na diferença horária de oxigênio dissolvido. Os valores de produção primária da comunidade fitoplanctônica entre as estações I, II e V variaram de O.64 mgC/m².h (estação II-Junho) a 34,42 mgC/m².h (estação I- outubro). Entre as estações III, IV e VIII, a produção primaria foi baixa, sendo máximo de O,82 mgC/m².h, em janeiro, na estação III. Nos ambientes lóticos, a produção primária bruta variou de 0.08 gC/m².dia no Ribeirão do Lobo, em janeiro a 0.25 gC/m².dia em outubro, no Rio Itaquera. Através da variabilidade ambiental observada nos diferentes locais estudados foi possível observar um gradiente horizontal característico na formação de reservatórios. A estrutura das comunidades fitoplancténicas e sua produtividade foram influenciadas por eventos climatológicos Cvento e precipitação) associados a processos físicos (principalmente turbulência e velocidade de corrente) e químicos (nutrientes). Uma diferença em densidade fitoplanctônica foi observada sendo que as áreas correpondentes às regiões lóticas (estação VII, principalmente) apresentaram baixas densidades. À medida que se aproxima do reservatório, foi observada uma diminuição do fluxo, maior sedimentação do material orgânico e inorgânico proveniente dos rios, menor turbulência e aumento da densidade fitoplanctônica. Os organismos da divisão Chlorophyta foram predominantes em praticamente todas as estações com as principais espécies, Elakatothrix gelatinosa, Ankistrodesmus falcatus, Cosmarium majae e Cosmarium abreviatum. Em seguida, a divisão Chromophyta com as espécies Aulacoseira distans, A. granulata, A. italica, Rizhosolenia longiseta e os géneros Eunotia e Navicula. Também as classes Cyanophyta, Cryptophyta, Euglenophyta e Pirrophyta estão representadas nos ambientes estudados. Nas estações I, II e V (corpo central do reservatório), registrou-se as maiores densidades fitoplanctônicas bem como maiores valores de riqueza e diversidade de espécies. Uma variação sazonal entre os meses de outubro, Janeiro e junho, foi observada quanto à distribuíção e composição das espécies. Também observou-se que variações horárias dos parâmetros físicos e químicos nas regiões lóticas tiveram importante efeito nas populações fitoplanctônicas.