Comunidade de fungos micorrízicos arbusculares em áreas de manejo de milho (Zea mays L.) orgânico, natural e convencional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Feiler, Henrique Petry
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
AMF
FMA
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-18052020-121629/
Resumo: A produção agrícola brasileira vem se tornando cada vez mais importante no cenário mundial, entretanto é necessária uma adaptação neste modelo, que é baseado em sistemas convencionais, devido à demanda social e ambiental. Para atingir melhores produções com menor utilização de aporte externo, em sistemas menos intensivos, é necessário entender os processos do solo feito por microrganismos e, entre eles, principalmente os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) que favorecem as plantas na absorção de nutrientes pouco móveis como o fósforo. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo identificar as comunidades de FMA no solo e na planta nas áreas de cultivo orgânico (MO), natural (MN) e convencional (MC) de milho, nos estádios fenológicos V5 e R1 e no pós-colheita, buscando com esse entendimento aperfeiçoar a utilização de recursos naturais, principalmente a ciclagem de nutrientes, em sistemas de produção de milho. Para tanto, solos e raízes de milho foram amostrados em áreas com esses manejos e foram realizadas as análises químicas e de enzimas do solo, a colonização radicular por FMA e a estrutura da comunidade de fungos micorrízicos pela abordagem clássica (estrutura dos esporos) e molecular. A beta-glucosidase obteve um comportamento crescente em todos os manejos, contudo a maior expressão foi no MN. A fosfatase ácida demonstrou maior atividade no MC, revelando pouca influência frente a adubação fosfatada, diferentemente da fosfatase alcalina que foi anulada nesse manejo, porém essa fosfatase obteve uma atividade constante durante o ciclo no MN e MT, demonstrando uma atuação importante no suprimento de fósforo para a cultura. No estágio V4 a colonização radicular foi maior nos manejos MC, porém no estágio R1 ocorreu uma equiparação entre todos os manejos, todavia a colonização tardia não afetou negativamente o estado nutricional da planta. A comunidade de FMA se mostrou distinta, apesar da diversidade não ter diferença significativa entre os manejos, apenas no período pós-colheita, quando o MN foi o mais diversificado entre os manejos, indicando uma adaptação das espécies de FMA em cada manejo, levando a funcionalidades diferentes. Os atributos do solo que mais influenciaram a comunidade de FMA foram o alumínio, a fosfatase alcalina e o teor de nitrato do solo.