Rizobactérias promotoras de crescimento e fungos micorrízicos arbusculares no desenvolvimento de mudas micropropagadas de bananeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cristina Teixeira dos Anjos, Érika
Orientador(a): Costa Maia, Leonor
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
FMA
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1390
Resumo: Objetivando estudar o efeito de isolados de bactérias promotoras do crescimento de plantas (BPCP) e fungos micorrízicos arbusculares (FMA) foram realizados três experimentos. Primeiramente, bactérias epifíticas e endofíticas foram isoladas de raízes de bananeiras sadias de seis cultivares e caracterizadas quanto à produção de pectinase, celulase, ácido indolacético, β-1,3-glucanase e quitinase. No 1º. experimento, as rizobactérias foram avaliadas quanto à promoção do crescimento de bananeiras micropropagadas cv. Grande Naine em casa de vegetação, sendo 74 tratamentos de bacterização + um tratamento controle, com 8 repetições. Mudas com aproximadamente 10 cm foram transplantadas e bacterizadas em potes contendo 1 kg de solo desinfestado. No 2º. experimento, foi observada a ação antagônica in vitro das RPCP selecionadas, contra Fusarium oxysporum f. sp. cubense. No 3º experimento, em casa de vegetação, foi estudado o efeito da associação RPCP x FMA no desenvolvimento de mudas de bananeiras cv. Grand Naine. Foi aplicado DIC com 7 tratamentos de bacterização com RPCPs (BAN29, BAN36, BAN81, BAN82, S1, S2 e controle) × 3 tratamentos de inoculação com FMAs (Glomus etunicatum, Glomus clarum e controle) × 7 repetições. A inoculação (200 glomerosporos/planta) ocorreu no transplantio das mudas para sacos contendo 1,5 Kg de solo desinfestado. Em seguida, as mudas foram bacterizadas com seis isolados pré-selecionados no Experimento 1. As suspensões bacterianas (50 mL/planta) utilizadas nos experimentos em casa de vegetação foram preparadas e ajustadas em fotocolorímetro (A580) em água destilada esterilizada (ADE) visando obter para 108 UFC/mL. O tratamento controle sem FMA e sem bactérias recebeu ADE. Para o isolamento de bactérias endofíticas foram testados diferentes substâncias desinfestantes e tempos de exposição, com melhor resultado obtido com hipoclorito de cálcio a 5%, por 20 minutos. Foram obtidos 80 isolados bacterianos, com predominância de bactérias epifíticas (53,7%) e de Gram-positivas (67,1%). Nove isolados produziram pectinase, 37 ácido indolacético e dois β-1,3-glucanase. Nenhum dos isolados foi capaz de produzir celulase, ácido cianídrico, quitinase ou solubilizar fosfato. Incrementos no desenvolvimento de mudas micropropagadas de bananeiras cv. Grand Naine foram evidenciados a partir dos 30 dias após bacterização com 40 isolados. Houve incremento de até 82% para a biomassa fresca (BF) da parte aérea e de até 263% para a BF de raízes das mudas associadas com BAN29, BAN36, BAN81, BAN82, S1 e S2 (Experimento 1). A BAN36 foi capaz de inibir o crescimento micelial de Fusarium oxysporum f. sp. cubense em placas de Petri (até 67%) (Experimento 2). Em geral, a inoculação conjunta RPCP × FMA não proporcionou incremento no crescimento, sendo observada interação positiva apenas entre FMAs e os isolados S1 e S2. Apenas na ausência dos FMAs, as mudas tratadas com BAN29, BAN36, BAN81 e BAN82 diferiram em relação ao controle. Houve estímulo na colonização das raízes de bananeiras por G. clarum quando associadas com BAN82. Isolados bacterianos epifíticos e endofíticos de raízes de bananeiras são capazes de produzir substâncias, in vitro, com potencial uso biotecnológico para promoção do crescimento de mudas micropropagadas de bananeira da cultivar Grand Naine visando o controle de F. oxysporum f. sp. cubense. A interação RPCPs e FMAs demonstrou resultados conflitantes, concluindo-se que o efeito associado depende do isolado específico de cada microrganismo