Arquitetura pela arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Mayra Simone dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-31032021-172217/
Resumo: O olhar para a arte nos inquieta e nos transforma, revelando-se na medida em que nos posicionamos criticamente frente àquilo que vemos. A arquitetura também tem a capacidade de produzir um efeito transformador ao se relacionar com o indivíduo, manifestando, por consequência, seu papel cultural e social. A aproximação dos dois campos de conhecimento foi tratada por teóricos e críticos, tanto da arquitetura quanto da arte, como a possibilidade de estabelecer um diálogo entre as práticas. É o que propomos nesta tese. A partir da leitura da arte, estabelecer sua proximidade com a arquitetura, como possibilidade de refletir as condições existentes que escapam à visão do campo arquitetônico. Dentre as múltiplas dinâmicas culturais que aproximam os dois campos, o trabalho propõe o estudo de três temas, com a finalidade de identificar questões permanentes da arquitetura, que estejam refletidas no campo da arte: o caminho como deslocamento, o abrigo como questão original e a ruína como memória construída. Estas três categorias gerariam um percurso natural à arquitetura que conecta pensamento, desenho, construção e desaparecimento, reconhecendo-os como fatos essenciais à sua existência. Para tanto, propõem-se estudos de caso na arte, passando por obras de Richard Long, Bruce Nauman e Ay?e Erkmen na discussão sobre os Caminhos; Dan Graham, Jorge Pardo e Hector Zamora, para o Abrigo; e Gordon Matta-Clark, Rebecca Horn e Rachel Whiteread para a Ruína. Como hipótese o trabalho busca, por meio da leitura de obras de arte, discutir a sobrevivência de algumas questões essenciais da arquitetura que possam ter validade no debate contemporâneo, tentando encontrar no procedimento artístico problemas caros à arquitetura, que tenham sobrevivido à descrença das certezas das utopias modernas e ao conservadorismo das linguagens pós-modernas.