Psicanálise para aqueles que ainda não falam? A imagem e a letra na clínica com bebê

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Fernandes, Claudia Mascarenhas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-20072010-153044/
Resumo: A prática clínica com aqueles que não falam pode ser fundamentada no campo da psicanálise, ainda que com a criança, e mais especificamente com o bebê, ela tenha sido interrogada em seus fundamentos. A clínica com o bebê não somente pode ser lida pela psicanálise, como pode vir a ser sua forma mais radical de apresentação: a psicanálise como uma prática de discurso sem palavras. Para isso, contudo, é necessário que essa clínica possa ser pensada para além do espaço euclidiano, afastando-se da idéia biunívoca de um lado e outro lado entre personagens e passando para uma clínica que toma a transferência numa estrutura que inclui o analista. A imagem com apoio da letra são elementos da psicanálise imprescindíveis para a viabilidade das leituras dessa clínica. Algumas leituras como a tradução, a transcrição e a transliteração são efetivas em relação à imagem e à letra, e mais ainda: a transcrição transitiva é outra leitura que, do lado daquele que não fala, favorece o manejo clínico. Não se trata então de tomar o bebê como conseqüência das marcas de seus cuidadores, mas de verificar os efeitos de real que o bebê provoca em seus cuidadores que, tomados juntamente com o bebê em seu espaço também de não fala, marcam, de modo particular, o encontro do infans com a linguagem