Significados e sentidos da escola para jovens estudantes das classes médias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cuba, Rosana da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-17022014-125108/
Resumo: Vivemos em um tempo marcado por mutações sociais que afetam as chamadas esferas tradicionais de socialização das gerações mais jovens: família e escola, por exemplo. Na Sociologia contemporânea, tais temas têm sido estudados por autores como François Dubet (1998), François Dubet e Danilo Martuccelli (1996), Marilia P. Sposito e Inês Galvão (2004), Maria da Graça Setton (2009). A presente pesquisa qualitativa teve o objetivo de conhecer os sentidos da escola para estudantes das classes médias matriculados no ensino médio em uma escola privada na cidade de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, Brasil. Para isso, utilizamos quatro procedimentos metodológicos que permitem compreender os valores que orientam as condutas diárias e que estruturam as redes de significados juvenis: questionário, observação, escrita de narrativa e análise de publicações em uma comunidade virtual dos estudantes do 1º ano do ensino médio e dos seus professores. Verificou-se que são jovens que têm garantido o direito de fruição da moratória social e da moratória vital (MARGULIS e URRESTI, 1996), pois a inserção no mundo do trabalho e a constituição de uma família própria são projetos futuros. Com relação à escola, eles expressam posições ambíguas. Alguns conferem a ela uma função instrumental transmissão do conhecimento e preparação para enfrentar (futuramente) o mundo do trabalho ; outros atribuem uma função expressiva e fundamental: é o espaço do encontro, convivência, amizades, marcadas pelo lúdico entre os iguais e mesmo entre os diferentes. Mas há aqueles que ainda acreditam que a escola contempla as duas funções, mas que, se possível, declinariam da função instrumental, pois esta ou pode ser espaço de alienação ou é boa apenas porque garante o encontro, a convivência e a amizade, do ponto de vista etário.