Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Acetti, Mariana Tereza Monferdini Ruoco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-24102024-160719/
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Resumo: |
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis afetam o bem-estar, exigem gerenciamento diário e assistência médica por tempo prolongado. O autocuidado é cada vez mais reconhecido como fundamental no manejo das doenças crônicas. O autocuidado, segundo a teoria do autocuidado na doença crônica, é um processo de tomada de decisão naturalista envolvendo práticas de promoção da saúde e gestão do processo de doença. A fim de avaliar o autocuidado de indivíduos com enfermidades crônicas foi desenvolvido e validado o instrumento Self-Care of Chronic Illness Inventory. Esse instrumento, composto por 20 itens distribuídos em três escalas (autocuidado de manutenção, autocuidado de monitoramento e autocuidado de gerenciamento), ainda não está adaptado para uso no Brasil. Objetivos: Adaptar o Self-Care of Chronic Illness Inventory para uso na população brasileira; verificar a validade de construto e a consistência interna da versão adaptada; descrever o autocuidado de pessoas com uma ou mais doenças crônicas; e analisar possível associação entre autocuidado e qualidade de vida. Método: Estudo metodológico de adaptação e validação de instrumento. A pesquisa teve início após aprovação do comitê de ética em pesquisa e foi desenvolvida em duas fases: Fase I foi a adaptação cultural do Self-Care of Chronic Illness Inventory, por meio de tradução, retro-tradução e avaliação da compreensibilidade por um grupo de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis; Fase II foi o estudo das propriedades psicométricas do instrumento adaptado e incluiu procedimentos para descrever o autocuidado na doença crônica. Os dados (características sociodemográficas e clínicas, autocuidado e qualidade de vida) foram coletados por entrevista e/ou autorrelato de adultos com pelo menos uma doença crônica, em acompanhamento ambulatorial, no interior e na capital de São Paulo, Brasil. Os dados foram analisados por estatística descritiva, análise fatorial confirmatória, coeficientes de consistência interna, e testes de correlação. Resultados: o instrumento foi adaptado para o Brasil ficando denominado Self-Care of Chronic Illness Inventory Versão Brasileira. A avaliação de validade de construto e de consistência interna foi realizada com dados obtidos de 227 pessoas com pelo menos uma doença crônica (74,89% do sexo feminino, média de idade de 58,03 (DP13,18) anos, escolaridade média de 8,91 (DP 5,1) anos de estudo, com média de 1,77 doenças por pessoa. Análise fatorial confirmatória confirmou a estrutura teórica das três escalas do instrumento (CFI 0,979; TLI 0,976; RMSEA 0,053; e SRMR 0,072) e todos os itens, com exceção dos itens 1 e 17 (Procura dormir o suficiente? e Tomar um remédio para diminuir ou eliminar o sintoma) tiveram cargas acima de 0,3. A consistência interna das escalas (alfa de Cronbach) variou de 0,606 a 0,813 e o coeficiente ômega foi de 0,929 para o conjunto das três escalas. Houve predominância de pessoas com autocuidado inadequado no autocuidado de manutenção (52,4%) e de gerenciamento (73,9%); no autocuidado de monitoramento 44,9% tinham autocuidado inadequado. Houve correlação moderada entre autocuidado de manutenção e qualidade de vida (r=0,581). Conclusão: o Self-Care of Chronic Illness Inventory Versão Brasileira reúne boas evidências de validade para utilização no Brasil para o estudo do autocuidado nas doenças crônicas. O autocuidado na amostra estudada precisa ser melhorado. |