Alvarenga Peixoto e(m) seu tempo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Caio Cesar Esteves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-07052018-120804/
Resumo: Este trabalho propõe uma reflexão (auto)crítica sobre a poesia atribuída ao poeta luso-brasileiro Inácio José de Alvarenga Peixoto (1744-1792). Para a realização dessa reflexão, discute-se testemunhos significativos da fortuna crítica desse autor desde o século XIX até os dias atuais, com o objetivo de compreender a leitura hegemônica dessa poesia. Em seguida, propõe-se uma breve reflexão sobre os pressupostos filológicos que regraram as edições realizadas desse corpus poético nos últimos dois séculos, com o intuito de demonstrar as suas limitações e algumas de suas implicações problemáticas à atividade da crítica literária. Propõe-se, também, a necessidade de reconhecer os textos que compõem esse corpus poético como uma alteridade, e de valorizar a sua materialidade, a despeito da progressiva desmaterialização do conceito de obra que se faz notar na atividade da crítica romântica e da filologia de base neolachmanniana. Por fim, mobiliza-se os resultados das reflexões realizadas para a produção de uma reedição desses poemas. Essa reedição é produzida a partir de critérios cumulativos, negando a pertinência do processo de seleção de variantes autorizadas por meio da colagem de testemunhos para reconstruir um texto genuíno que expresse a última vontade autoral. De modo geral, este trabalho busca, acima de tudo, conferir à materialidade dos poemas atribuídos a Alvarenga Peixoto uma posição central no debate sobre essas produções coloniais setecentistas.