Leituras políticas em tensão: as poéticas de Manuel Inácio da Silva Alvarenga e de Manuel Maria Barbosa du Bocage no cenário iluminado do Portugal setecentista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Aguiar, Flávia Pais de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34512
Resumo: Esta tese visa examinar a literatura, em especial a poesia, como parte integrante da composição de identidades culturais. Para tanto, investigamos como as poéticas de Manuel Inácio da Silva Alvarenga (1749 – 1814) e de Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765 – 1805) integram, no espaço-luso brasileiro, os processos culturais ocorridos no contexto do século XVIII. Nossa abordagem, portanto, busca considerar os aspectos estéticos e éticos, sob uma compreensão interdisciplinar – artística e histórica – o que amplia as possibilidades de entendimento sobre a produção literária e sua época. De maneira mais precisa, buscamos demonstrar em que medida o viés político pode atravessar, com relevância, a expressão artística desses autores. Compreendemos que a função humanizadora da literatura é inescapável a sua existência; por isso, percebemos que a literatura, como parte integrante de diferentes épocas da vida social, pode tanto contribuir para a construção dos ideais de uma sociedade, quanto sublimar as aspirações e a própria realidade de um século. No campo literário e nas demais expressões da arte podemos encontrar espaço para consideramos as inevitáveis contradições que marcam as diferentes épocas sociais e, também, as experiências humanas. O trabalho, de viés comparativo entre a escrita dos dois poetas, visou oferecer, ainda, o ineditismo, tanto no que se refere à aproximação entre os dois nomes – Silva Alvarenga e Bocage –, quanto no gesto de leitura que excede às cartilhas das preceptivas retóricas. Frente a isso, abrimos novos caminhos e reformulações sobre a poesia do Setecentos, considerando a necessidade de renovação dos estudos relativos à literatura do Século XVIII, no Brasil.