A canção e a cidade: estudo dialógico-discursivo da canção popular brasileira e seu papel na constituição do imaginário na cidade de São Paulo na primeira metade do século XX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Caretta, Alvaro Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-28092011-104649/
Resumo: Em virtude de a canção popular brasileira ser uma importante representação de nossa cultura, muitas pesquisas vêm sendo realizadas com o intuito de investigar, analisar e até avaliar nosso cancioneiro. Nesse contexto, esta tese apresenta um estudo dialógico-discursivo do gênero canção popular brasileira e de seu papel na formação do imaginário da cidade de São Paulo na primeira metade do século XX. A partir das teorias do Círculo de Bakhtin para o estudo dos gêneros discursivos, realizamos uma descrição do gênero canção popular, dando atenção ao seu caráter dialógico e ao sincretismo linguístico-melódico. Juntamente com as teorias do Círculo de Bakhtin, trabalhamos com as propostas de Dominique Maingueneau para o estudo da enunciação e propomos um modelo de análise discursiva da canção popular fundamentado nos conceitos de ethos, cenas de enunciação e interdiscurso. Na primeira metade do século XX, o imaginário da cidade de São Paulo constituiu-se a partir da polêmica entre os discursos progressista e nostálgico, que orientou a produção de enunciados em diversas esferas discursivas, dentre as quais a da música popular. A partir da análise de canções que abordam essa polêmica, estudamos as relações dialógicas interdiscursivas entre os discursos ufanista, nostálgico e paródico, responsáveis pela configuração do imaginário da cidade de São Paulo no seu processo de metropolização.