Alerta contra a violência: narratividade e personagens em Uma semana de Bondade de Max Ernst

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Tartaro, Thiago Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-21072017-125357/
Resumo: No ano de 1934, o artista alemão Max Ernst lança em Paris um peculiar conjunto de fascículos intitulado Uma Semana de Bondade ou os Sete Elementos Capitais. Trata-se, segundo o próprio artista, de um romance de colagens. A obra, que fora pensada e produzida por Ernst durante férias na Itália, consiste de 182 colagens feitas a partir da combinação de figuras provenientes de romances folhetinescos do século XIX e de enciclopédias do mesmo período. Em cada uma dessas colagens, há cenas de violência e horror, praticadas por seres estranhos, meio humanos, meio animais. Fora a estranheza já naturalmente causada pelas colagens, é curioso notar o fato de que a obra se apresenta como um romance, tanto na denominação dada pelo autor, quanto pela forma na qual foi lançado, inicialmente por meio de cadernos periódicos, à moda dos folhetins, e posteriormente na forma de um grande volume. Este trabalho procura analisar como duas características caras ao romance se configuram nesta obra de Ernst. São elas a narratividade e os personagens. Para tanto, o trabalho faz uma revisão do movimento surrealista, apresentando a colagem de Max Ernst e a análise da narratividade e dos personagens em Uma Semana de Bondade.