Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Gimenez, Roberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-18062012-144652/
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Resumo: |
Reconhecidamente crianças com dificuldades motoras têm sido alvo de preocupação por parte de pesquisadores de várias áreas. Na literatura são apontadas várias causas para as dificuldades desses indivíduos. Dentre elas, é possível destacar problemas de percepção visual, cinestésica, memória e também dificuldades para a formação de programas de ação. As dificuldades para a formação de programas de ação podem representar um grande entrave ao processo de aquisição de habilidades motoras desses indivíduos. O presente trabalho teve por objetivo investigar o processo de aquisição de habilidades motoras de crianças com dificuldades motoras. A premissa desse estudo é a de que o processo de aquisição de habilidades motoras depende da formação de um programa de ação organizado hierarquicamente em macro e micro-estrutura. Para tanto, 45 crianças com média de idade de 9,4 anos tomaram parte desse estudo. Essas crianças foram divididas em três grupos: GD (grupo de dificuldades motoras severas = 15 sujeitos); GR (grupo de risco = 15 sujeitos) e GN (grupo controle formado por indivíduos normais). Foram realizados dois experimentos. O primeiro experimento teve o intuito de identificar e caracterizar os platôs de desempenho dos diferentes a partir da prática. A tarefa consistiu em reproduzir a letra y cursiva por cem tentativas. Foram utilizadas medidas como o número de erros de legibilidade, erro espacial linear, velocidade de execução, controle de força e de velocidade na escrita. Foram utilizadas também medidas que representassem de forma efetiva as características invariantes do programa de ação, tais como, número de fragmentos em que os sujeitos dividiram o padrão gráfico, variabilidade do número de fragmentos, tempo e tamanho relativo do primeiro fragmento da figura. Genericamente, os resultados apontaram que, em comparação às crianças normais, as crianças com dificuldades motoras apresentaram mais erros de legibilidade e não apresentaram um desempenho tão regular nas demais medidas de desempenho. Também houve tendência desse grupo apresentar maior variabilidade de medidas como a fragmentação e a variabilidade do número de fragmentos. Essas constatações sugerem dificuldades na formação de programas de ação. O segundo experimento teve a intenção de submeter os indivíduos a diferentes perturbações, tendo em vista a testagem da estabilidade do programa de ação. A primeira perturbação foi a execução da tarefa na ausência de feedback visual. A segunda perturbação correspondeu a executar o padrão gráfico ykw de forma cursiva. A respostas à primeira e à segunda perturbação foram semelhantes entre os grupos, na maior parte das variáveis, embora indivíduos com dificuldades motoras severas apresentassem maior variabilidade e nível de desempenho inferior em todas elas |