Efeitos da variação temporal do conhecimento de resultado na aprendizagem de uma habilidade motora discreta simples

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Proença, Jose Elias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39131/tde-16032020-085744/
Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da variação temporal do conhecimento de resultado (CR) na aprendizagem de uma habilidade motora discreta simples. Foi utilizada a tarefa motora de arremessar um saquinho em um alvo circular de 2,0 metros de diâmetro, colocado no chão, a uma distância de 3,60 metros e impossível de ser visto pelos sujeitos. Participaram do estudo 180 crianças de ambos os sexos com idade média de 10,7 anos, divididos aleatóriamente em 6 grupos (A,B.C,D,E e F) de 30 crianças. Utilizou-se um delineamento experimental com três fases. Na primeira, fase de aquisição, os grupos A, B, C, D, E e F realizaram as tentativas e receberam informações, respectivamente, nos intervalos de tempo 0-5, 10-5, 30-5, 5-0, 10-0 e 30-0 segundos, de pré e pós-CR. Nesta fase foram realizadas 90 tentativas. Na segunda fase, a de transferência, os sujeitos executaram dez tentativas sem CR, mantendo o intervalo inter-respostas. A terceira fase, a de retenção, foi realizada sete dias após o término da segunda fase, nas mesmas condições desta. Os dados foram organizados e analisados em blocos de cinco tentativas. Na fase de aquisição, para verificar as diferenças no comportamento entre os grupos e na interação dos grupos e blocos de tentativas, foi aplicada a análise de variância a dois fatores. Os resultados mostraram que a variação do intervalo pós CR também não afetou a aprendizagem. Esses resultados estão em conformidade com os estudos de Bilodeau & Bilodeau (1956) e Magill (1977); não concordando com o resultado apresentado por Weinberg, Guy & Tupper (1964), quando concluíram que o intervalo de tempo de um segundo é menos efetivo para a aprendizagem do que intervalos maiores. Estes resultados evidenciaram o efeito de aprendizagem em todas as condições experimentais. Os resultados mostraram diferenças significantes nos grupos B, E e F, respectivamente, evidenciando uma queda na performance desses grupos. Estes resultados, associados à melhoria no desempenho do último bloco de tentativas, colocam dúvidas sobre o número necessário de tentativas, para que haja aprendizagem efetiva nesse tipo de tarefa com crianças, demonstrando a necessidade de maiores estudos nesse sentido