"A persuasão como estratégia de deslocamento de crenças: de comportamentos de risco para comportamentos preventivos de doença coronariana"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Stuchi, Rosamary Aparecida Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-25082004-172512/
Resumo: As crenças constituem uma das variáveis que podem influenciar os comportamentos das pessoas. Este estudo objetivou avaliar o quanto um material didático pedagógico ( formatado em CD-ROM) baseado na teoria da persuasão de Fotheringham (1966) é capaz de modificar as crenças nos comportamentos de risco para doença coronariana. Realizamos um estudo quase experimental do tipo antes e depois numa cidade do interior de São Paulo. A amostra constituiu de 200 pessoas (50% homens e 50 % mulheres), com a seguinte caracterização: 36% com 45-59 anos de idade, 28% com o segundo grau completo, 35% com renda familiar de 2 salários mínimos, 44% com sobrepeso, 38,5% com colesterol alterado, 22,5% com circunferência abdominal elevada, 47% hipertensos e 22% com risco de desenvolver doença arterial coronariana. Foi realizado uma entrevista inicial (pré-teste) cujas falas foram categorizadas usando-se o modelo de Rokeach (1981). Foram identificadas 1297 crenças dos tipos B, C, D e E nos seguintes comportamentos: fumar, ingerir alimentos ricos em gordura em excesso, ingerir bebida alcoólica em excesso, não aliviar o estresse, não controlar níveis pressóricos altos, acrescentar sal em excesso aos alimentos, não controlar a diabetes e não dosar a glicemia, ingerir açúcar em excesso e não controlar o peso corporal excessivo. Após a intervenção, que constou da utilização de uma estratégia de comunicação persuasiva mediante o uso de um CD-ROM, foram feitas entrevistas em dois momentos posteriores. Observamos que ocorreu deslocamento da maioria das crenças do tipo D e E, que são consideradas por Rokeach (1981) como situadas na periferia do sistema de crenças. As crenças em que ocorreram o maior número de modificações foram as relacionadas com a atividade física e o peso corporal.