Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Espinoza Muñoz, Maria Elena |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-02072019-182022/
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Resumo: |
Compostos de amônio quaternário (QACs) têm sido amplamente utilizados como desinfetantes e antissépticos, sendo essenciais na prevenção e controle de infecções bacterianas na medicina humana e veterinária. Embora patógenos prioritários multirresistentes têm sido muito bem caracterizados quanto ao perfil de suscetibilidade e contexto genético da resistência aos antibióticos, dados de resistência aos QACs são limitados. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar a atividade in vitro dos QACs de uso doméstico e hospitalar [cloreto de benzalcônio (BAC), cloreto de cetilpiridinio (CPC) e brometo de cetiltrimetilamônio (CTAB)], contra patógenos prioritários multirresistentes, identificando os principais genes de resistência associados. Foram estudadas 100 cepas multirresistentes previamente sequenciados usando as plataformas Illumina MiSeq e NextSeq representativas de diferentes hospedeiros (humanos e animais) e fontes (ambientes e alimentos). As cepas foram identificadas como Klebsiella pneumoniae (n= 24), Escherichia coli (n= 30); Pseudomonas aeruginosa (n= 10), Enterobacter spp, (n= 8), Acinetobacter baumannii (n= 11) e Salmonella spp. (n= 17). Genes de resistência aos QACs foram identificados in silico através do alinhamento dos contigs obtidos de cada cepa sequenciada com genes de referência obtidos do GenBank, utilizando o programa Geneious versão 8 (Biomatters Ltd). A identidade de cada gene foi analisada utilizando o programa BLASTx, no qual um critério baseado em ≥90% identidade resultou na identificação dos genes mdfA (77%), qacE (44%), qacEΔ1 (43%), sugE(c) (29%), emrE (21%), qacA (19%), sugE(p) (5%), qacF (7%), qacH (7%) e qacL (7%) em 85 cepas; enquanto que 15 cepas não possuíam nenhum gene de resistência aos QACs. A concentração inibitória mínima (CIM) dos QACs para as 100 cepas foi determinada pelo método de microdiluição em caldo. Os resultados sugeriram que a resistência em patógenos prioritários circulando na interface humano-ambiente-animal não é restrita aos antibióticos, uma vez que a elevada ocorrência de genes qacE, qacEΔ1 e mdfA poderia estar associada com uma redução da suscetibilidade para QACs. Consequentemente, a resistência aos QACs poderia também contribuir para a persistência e adaptação destes patógenos nos seres humanos e outros animais, assim como em ambientes impactados antropogenicamente. |