As Galipeinae (Galipeeae, Rutaceae) no estado da Bahia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ribeiro, Carimi Cortez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59139/tde-27072015-183725/
Resumo: A família Rutaceae tem sido objeto de vários estudos na região neotropical. Entretanto, há ainda áreas que necessitam de estudos mais aprofundados de sua flora. A Bahia possui uma grande diversidade de espécies vegetais, incluindo plantas da família Rutaceae, notadamente da subtribo Galipeinae. Áreas pouco exploradas botanicamente e de elevada biodiversidade e endemismo, como o sul da Bahia, tem revelado espécies novas para a ciência, sendo mais uma evidência da necessidade de estudos florísticos. O presente trabalho integra o projeto Flora da Bahia, desenvolvido por instituições baianas em colaboração com universidades e centros de pesquisa de outros estados, que tem como um dos objetivos levantar a flora de angiospermas do estado da Bahia, além de formar recursos humanos na área de taxonomia vegetal. Neste projeto, os tratamentos taxonômicos dos grupos de angiospermas estão sendo realizados em nível de famílias, tribos ou ainda gêneros. O presente trabalho complementa o projeto através de estudos taxonômicos da subtribo Galipeinae (Galipeeae, Rutaceae) para a Bahia. Na Bahia há um grande número de espécies de Galipeinae, principalmente nas áreas de Mata Atlântica da porção sul. A subtribo Galipeinae é o grupo de Rutaceae mais diverso dos neotrópicos e o maior grupo intrafamiliar, com ca. 26 gêneros e ca. 120 espécies. As Galipeinae diferem da maioria das Rutaceae devido as flores com tendência à zigomorfia, redução do número de estames férteis de 5 para 2 (variavelmente), transformação dos estames em estaminódios, presença de anteras apendiculadas, cotilédones frequentemente plicados e ausência de endosperma na semente; o fruto é sempre deiscente, do tipo cápsula ou folículo. O projeto foi executado com a utilização de métodos usuais em taxonomia vegetal, tais como consulta à literatura especializada, visita a herbários, empréstimo de materiais, análise de exsicatas e trabalho de campo. Os resultados obtidos contam com descrições da subtribo, gêneros, espécies, chaves de identificação para espécies, comentários acerca da distribuição, ocorrência, fenologia e nomes populares das espécies relatados somente para o estado da Bahia, além de ilustrações em nanquim e fotografias. Foram levantadas 46 espécies da Subtribo Galipeinae que ocorrem no estado da Bahia, sendo que, destas, 39,1% são endêmicas deste estado evidenciando, portanto, o alto grau de endemismo desta região.