Sistemas de alerta fitossanitário para o controle do míldio em vinhedos conduzidos sob coberturas plásticas no Noroeste Paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Holcman, Ester
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-16062014-102243/
Resumo: A região noroeste do estado de São Paulo é um importante pólo produtor de uvas de mesa, porém possui condições ambientais muito propícias à ocorrência de doenças fúngicas durante todo o ciclo da videira. Alternativas como o uso de coberturas plásticas e de sistemas de alerta fitossanitário têm se mostrado bastante vantajosas para tal, porém, ainda com poucos estudos sobre isso na região. Deste modo, objetivou-se com este estudo avaliar a eficácia de sistemas de alerta fitossanitário no controle do míldio (Plasmopara viticola) em videiras cultivadas sob coberturas plásticas, e, consequentemente, na produtividade e na qualidade das uvas, no Noroeste Paulista. O experimento foi realizado na Estação Experimental de Viticultura Tropical (EVT) da Embrapa Uva e Vinho, localizada no município de Jales, SP, durante os anos de 2012 e 2013. Foram conduzidas três ruas de 120 m de videiras, cultivar apirênica \'BRS Morena\', em espaçamento de 3,0 m entre plantas. Metade do vinhedo foi coberto com filme plástico de polipropileno trançado sobre estrutura metálica em forma de arco (PPT) e a outra metade com tela preta, com 18% de sombreamento (TP18%). O delineamento experimental foi o de blocos casualizados compostos por cinco tratamentos, com seis repetições por ambiente coberto. Os tratamentos foram determinados a partir de diferentes manejos de controle do míldio da videira: TE - Testemunha (sem controle fitossanitário para o míldio); CA - Controle convencional (calendário); BA - Alerta fitossanitário denominado \'Regra 3-10\' (BALDACCI et al., 1947); MA25 - Alerta fitossanitário com eficiência de infecção baixa - i0 > 25% (MADDEN et al., 2000); e MA75 - Alerta fitossanitário com eficiência de infecção alta - i0 >75% (MADDEN et al., 2000). De acordo com os resultados, sob o PPT a transmissividade média da radiação solar global foi de 82,4% em 2012 e 67,3% em 2013 e sob a TP18%, da ordem de 90% nos dois anos estudados. Os ambientes sob as coberturas apresentaram temperaturas máximas do ar superiores aos valores observados a céu aberto, sendo as diferenças da ordem de 0,7 °C sob ao PPT e de 1,0 °C sob a TP18%. Sob o PPT, a duração do período de molhamento foliar foi 34% superior do que sob TP18%. Os tratamentos baseados nos sistemas de alertas fitossanitários (BA, MA25 e MA75) revelaram níveis baixos de severidade do míldio da videira sob PPT, semelhantes aos verificados no tratamento com base no calendário (CA). Os tratamentos BA, MA25 e MA75 sob TP18% indicaram um número de pulverizações similar aos realizados sob o PPT, porém foram menos eficientes em relação a CA. Houve uma significativa redução no número de pulverizações entre o tratamento CA e os tratamentos BA, MA25 e MA75, da ordem de 70%. As videiras, sob o PPT, pulverizadas com base em BA, MA25 e MA75 apresentaram características produtivas e qualitativas semelhantes às das videiras pulverizadas de acordo com CA. Conclui-se que o cultivo de videiras sob cobertura plástica de polipropileno, aliado à adoção de sistemas de alertas fitossanitários, resultou em excelentes níveis de controle do míldio da videira no Noroeste Paulista.