Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Nazaré da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-21012014-100130/
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Resumo: |
Atualmente, a organização do Maciço Antigo, em Portugal, é feita em três placas ou terrenos denominados Avalonia, Finisterra e Ibéria (Ribeiro, A., et al., 2006). Neste arranjo, durante o Ciclo Variscano, a falha cisalhante direita de Porto-Tomar-Ferreira do Alentejo (PTFA) conecta a sutura SW Ibérica com a sutura NW Ibérica, e separa ainda, entre Porto e Tomar, a Zona Central Ibérica (ZCI) de uma placa a Oeste, designada por Finisterra. A aplicação de diferentes métodos geocronológicos permitiram uma melhor compreensão da evolução tectônica do empilhamento estratigráfico das unidades que englobam o terreno Finisterra, enquanto que a análise estrutural trouxe informações relevantes sobre as condições e processos deformacionais ocorridos no decorrer da evolução do orógeno. As idades determinadas para zircões herdados indicam a participação de material crustal reciclado de várias idades: neoarqueanas, mesoproterozoicas e neoproterozoicas. Uma importante população de idades neoproterozoicas/cambrianas ( \'QUASE IGUAL A\' 550Ma) foi tambem detectada, indicando o envolvimento de embasamento neoproterozoico nos processos de fusão originados durante a orogenia Variscana. A presença de idades mesoproterozoicas, sugere o envolvimento de uma área cratônica com afinidades grenvillianas (c. 0.9-1.1Ga), enquanto que as idades mais recentes (c. 358 Ma, 335 Ma) testemunham o evento da deformação varisca, culminado com forte hidrotermalismo na região ( \'QUASE IGUAL A\' 270Ma). As idades modelo de manto empobrecido (\'T IND.DM\') conseguidas através da análise das Unidade de Espinho e São João de Ver, revelam que o terreno Finisterra deriva de um retrabalhamento de uma crosta comum típica de preenchimento bacinal com fontes variáveis entre \'QUASE IGUAL A\' 550Ma e \'QUASE IGUAL A\' 2800Ma, fato que explica a grande variadade de idades obtidas das análises U/Pb. Evidências da primeira fase de deformação foram mascaradas na região no entanto, a fase D2 é marcada pela horizontalização dos planos da foliação S1 por ação do carreamento para SW, que coloca a ZCI sobre o terreno Finisterra em que, a componente transcorrente do carreamento, desenvolveu uma lineação de estiramento mineral de direção N37ºW. A fase D3 caracteriza-se pela amenização do campo de forças do carreamentento, originando dobras com planos axiais inclinados (N38ºW, 57ºNE), com atenuação e cessação da componente vertical dos empurrões. Restando apenas a componente horizontal marcada pela formação de uma lineação de estiramento N16ºW, paralela ao \"trend\" que acompanha o movimento cisalhante direito, hoje designada por Faixa de Cisalhamento Porto-Tomar. |