Efeito do exercício físico na sinalização febrigênica é modulado pela produção de sulfeto de hidrogênio pré-óptico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nogueira, Jonatas Evandro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CBS
CSE
H2S
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-04102019-162256/
Resumo: O exercício físico causa alterações estruturais e funcionais em vários sistemas fisiológicos, incluindo o sistema imune. Variações importantes da temperatura corporal (Tc) são observadas durante o desafio imune induzido pela endotoxina lipopolissacarídeo (LPS). Essas variações da Tc são finamente reguladas por neurotransmissores frente à inflamação sistêmica causada pelo LPS. Entre os moduladores, o neurotransmissor gasoso sulfeto de hidrogênio (H2S) participa dessa regulação modulando a inflamação sistêmica induzida pelo LPS em ratos. O H2S atua como uma molécula anti-inflamatória e criogênica, embora não são completamente entendidos seus mecanismos de ação. Assim, testamos a hipótese de que o H2S, na área pré-ótica (POA) do hipotálamo, modula a sinalização febrigênica de forma diferente em ratos sedentários e treinados, em um modelo de inflamação sistêmica. Os ratos correram durante 4 semanas em uma esteira antes de receber uma injeção intraperitoneal de LPS (100 ?g/kg) ou salina (1 ml/kg). Analisamos a taxa de produção do H2S e das expressões proteicas das enzimas relacionadas com o H2S, a cistationina beta-sintase (CBS), 3-mercaptopiruvato enxofre transferase (3-MPST) e cistationina gama-liase (CSE) na POA. Também medimos a temperatura corporal (Tc), níveis plasmáticos do fator de necrose tumoral-? (TNF-?), das interleucinas (IL)-1? e IL-6 e corticosterona (CORT). A magnitude das mudanças da Tc durante a febre induzida pelo LPS encontrada foi semelhante entre os ratos sedentários e treinados. Nos ratos sedentários, a produção de H2S não foi afetada pelo LPS. Por outro lado, nos ratos treinados, oLPS causou um aumento acentuado da taxa de produção do H2S que foi acompanhada do aumento da expressão da CBS, enquanto as expressões da 3- MPST e da CSE foram mantidas relativamente constantes. Os ratos sedentários tiveram significativa liberação da citocinas (TNF-?, IL-1? e IL-6) induzida pelo LPS, que foi praticamente abolida nos animais treinados. Foi observada correlação entre H2S e TNF-?, bem como H2S e IL-6. Os níveis de CORT estavam aumentados após a injeção de LPS em ambos os grupos. Encontramos correlações entre H2S e CORT, e entre CORT e IL-1?. Esses dados são coerentes com o fato de que as respostas à inflamação sistêmica são rigorosamente reguladas por meio de ajustes na produção do H2S na POA que pode desempenhar um papel anti-inflamatório, reduzindo os níveis de citocinas plasmáticas (TNF-?, IL-1? e IL-6) e aumentando a liberação de CORT.