A comédia clássica de Sá de Miranda e o diálogo intertextual com seus paradigmas literários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Silva, Martha Francisca Maldonado Baena da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-25032007-111247/
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo examinar o método de composição das comédias de Sá de Miranda e a maneira como o autor utilizou o processo de recriação poética denominado imitatio para promover o diálogo intertextual com seus paradigmas. Trata-se aqui de analisar intertextualmente textos gerados dentro de um contexto histórico-literário específico, em que o imitar era a regra. O autor tem como primeira intenção ao compor esse tipo de obra inserir-se numa tradição poética que aceita e pressupõe a alusão a textos precedentes, ou seja, uma tradição poética autônoma, em que as relações intertextuais se dão de maneira consciente e técnica e a obra de imitação resulta da reelaboração criativa de modelos. O primeiro capítulo vem situar a obra cômica mirandina no contexto histórico-cultural em que foi gerada. O segundo capítulo trata de imitatio e intertextualidade, estabelecendo terminologia e métodos para a análise intertextual, especificamente, de obras que têm a apropiação intencional de textos como princípio de criação literária. O terceiro capítulo apresenta um breve histórico do teatro latino, das origens até o surgimento da fabula palliata, adaptação latina da Comédia Nova Grega, que foi o modelo de comédia imitado pelos poetas renascentistas italianos, cujas obras se tornaram também paradigmas para o poeta português. O último capítulo é dedicado à análise intertextual das comédias de Sá de Miranda.