A importância do exercício do poder no desenvolvimento de infra-estruturas de informação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Humes, Leila Lage
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-10042007-101451/
Resumo: O desenvolvimento de uma infra-estrutura de informação só é possível se ela for sustentada e legitimada por atores organizacionais e pelas pessoas que contribuem para o seu desenvolvimento ou dela se utilizam. O principal objetivo desta tese é contribuir para um maior entendimento do papel desempenhado pelo exercício do poder no processo de desenvolvimento de uma infra-estrutura de informação. Este estudo baseia-se em uma análise empírica de um sistema de informação, cujo desenvolvimento foi sustentado por atores poderosos e por agentes que se tornaram poderosos graças a uma ampliação no seu escopo e à sua utilização como fonte de poder ou vigilância, dando origem a uma infra-estrutura de informação. Uma infra-estrutura de informação difere dos sistemas de informação tradicionais por ser um recurso compartilhado por uma grande comunidade de usuários e organizações não estando sujeito ao controle de uma única unidade organizacional. O seu desenvolvimento é comandado por vários atores, com interesses diversos e sem uma coordenação central que exerça controle sobre todos os agentes, não podendo, portanto, ser projetada e gerenciada de acordo com os princípios utilizados para o projeto de sistemas de informação, ou seja, de forma isolada e estanque. Utiliza-se como fundamentação teórica para esta pesquisa, a teoria de Hanseth e Lyytinen (2005) que estuda a evolução e a expansão de infra-estruturas de informação, a qual não aborda o papel do poder no desenvolvimento de infra-estruturas, conforme reconhecem os próprios autores. Nesta tese usa-se o modelo dos circuitos de poder de Clegg (1989) para analisar os efeitos do exercício do poder para o desenvolvimento da infra-estrutura de informação. O sistema estudado é o SIAFEM ? Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios, que foi adotado para o controle orçamentário e financeiro do Governo do Estado de São Paulo, sendo posteriormente expandido e integrado a outros sistemas, transformando-se, desta forma, em uma infra-estrutura de informação. Para o desenvolvimento da infra-estrutura analisada foi preciso de-institucionalizar um sistema contábil utilizado anteriormente e institucionalizar um novo sistema. Este processo trouxe profundas mudanças organizacionais e culturais, cuja análise foi baseada na teoria do novo institucionalismo.