Exportação concluída — 

Um diálogo sobre a noção de autenticidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vasconcellos, Tatiana Borba de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-04062012-121147/
Resumo: Essa pesquisa versa sobre a noção de autenticidade a partir da perspectiva construtivista semiótico cultural em psicologia. A busca pela compreensão dessa noção que permeia as ciências humanas se assenta em diversas razões: em primeiro lugar, a noção de autenticidade é polissêmica, possuindo variados significados em nosso campo cultural; em segundo lugar, a noção de autenticidade tem sido usada com frequência pelos profissionais da psicologia, particularmente da psicoterapia, embora sua conceituação usualmente não esteja aprofundada, confundindo-se com os sentidos adotados pelo senso-comum; em terceiro lugar, o tema da autenticidade permanece contemporâneo, caracterizando-se como uma questão instigadora. A diversidade e a nebulosidade em torno da noção de autenticidade demonstraram a existência de lacunas sobre as quais essa pesquisa pôde se desdobrar. O objetivo da pesquisa é, portanto, construir uma compreensão para a noção de autenticidade a partir da emergência das lacunas que se formaram do diálogo entre inquietações (Simão, 2003) da pesquisadora e dois autores: o filósofo hermenêuta Charles Taylor e o psicólogo cultural Ernst Boesch. Como metodologia da pesquisa foram feitos exame e análise de textos selecionados, por meio do qual puderam emergir algumas compreensões. A discussão dos resultados foi feita em diálogo com textos de Clarice Lispector, pertinentes ao tema da pesquisa. Do processo dialógico que se buscou estabelecer pode-se depreender que: a autenticidade é um constructo constitutivo da identidade do homem contemporâneo; há uma profunda articulação entre as noções de autenticidade e identidade, embora elas não coincidam; a autenticidade implica em abertura da identidade para a futuridade, ou seja, ao vir a ser; a empatia entendida tanto como aproximação afetiva, quanto como distanciamento reflexivo, é condição primordial para a construção de identidades em devir; e, ainda, a tensão e a inquietação, fruto dos desencaixes decorrentes do contato com a alteridade, também são elementos fundamentais da autenticidade, tal como entendida nessa pesquisa