Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Paula Morais |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-16022023-162511/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo compreender o modo como profissionais da Orientação Profissional que concebem a conscientização como elemento importante deste processo observam a sua manifestação no trabalho realizado com mulheres e como esta concepção orienta a atuação. Como metodologia, foi adotada uma abordagem qualitativa a partir da realização de entrevistas em profundidade. A análise das entrevistas revelou que as discussões sobre gênero na Orientação Profissional se beneficiam de uma compreensão que leve em consideração a conscientização e a consciência crítica. No entanto, discutir conscientização e Orientação Profissional implica olhar para outras dimensões que se articulam com o gênero, como a raça e a classe social. No que concerne à forma como as questões de gênero emergiram na Orientação Profissional, a análise das entrevistas revelou quatro eixos temáticos: 1) diferenças de interesses profissionais conforme os sexos; 2) impactos do trabalho doméstico e do trabalho de cuidado nas subjetividades e na construção das trajetórias escolares e profissionais; 3) efeitos dos estereótipos de gênero que circulam no espaço familiar nas trajetórias e escolhas; 4) obstáculos provocados pelo sentimento de inferioridade e pela falta de representatividade, especialmente entre meninas e mulheres negras. Dentre estes quatro eixos, apenas o primeiro aparece com frequência nas produções científicas da área. Nesse sentido, verificou-se que articulação entre gênero e conscientização, na prática de Orientação Profissional, se revela desafiadora em decorrência da escassez de referências e interlocutoras/es. Destaca-se, ainda, que as questões de gênero podem aparecer na Orientação Profissional de maneiras sutis e menos aparentes, o que demanda um olhar apurado para identificá-las e trabalhá-las no processo de orientação. Diante desse cenário, a atuação profissional busca questionar a naturalização dos fenômenos sociais e a universalização das experiências. Além disso, evidencia-se a importância de que a/o orientadora/or inclua a transformação social neste processo, questionando o status quo e as visões de normalidade. A análise das entrevistas também apontou para a importância de se incluir um debate aprofundado e crítico a respeito das questões relacionadas ao trabalho nas formações em Orientação Profissional, seja do ponto de vista do mundo de trabalho de forma mais ampla, seja da divisão sexual do trabalho, levando em consideração as especificidades da realidade brasileira |