Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Farias, Roseane Rabelo Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-04122019-150504/
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Resumo: |
Esta tese busca contar uma história da institucionalização da escolarização de pessoas com deficiência no Estado do Pará, por meio da experiência de professoras que se posicionaram como vocacionadas e engajadas nessa tarefa. Para isso, recorreu-se à perspectiva da história social, representada por Edward Palmer Thompson, utilizando-se como instrumentais entrevistas semiestruturadas visando dar centralidade às experiências dessas mulheres, alinhada a pesquisa bibliográfica e documental, a fim de se erguer elementos do cenário políticoeducacional nacional e local. Lançou-se então a investigar as experiências dessas professoras na construção dos itinerários da institucionalização da educação especial no Estado do Pará. Inicialmente apresenta-se uma discussão acerca de concepções e modelos de enquadramento forjados às pessoas com deficiência, antes das primeiras iniciativas educacionais, no Estado do Pará. Em um momento em que não se distinguia os comprometimentos mentais, pessoas com deficiência foram colocadas em suspeita, sendo o asilamento um destino certo. Na sequência aborda-se a mudança dessa perspectiva que começou a ser gestada a partir da década 1930, inspirada, principalmente, pelos ares da Pedagogia Nova, possibilitando uma abertura para se pensar a educação dos excepcionais, porém, em virtude da densidade de certas representações produzidas acerca das pessoas com deficiência, como a de não-escolarizáveis, o acesso à educação foi obstaculizado. Encadeia-se o debate tendo como foco as ações implementadas, a partir da década de 1950, na qual a educação de pessoas com deficiência passa a ser uma das pautas do Governo Federal, inserida em um movimento nacional organizado a partir das Campanhas Educacionais. A seguir, deu-se o início da formação dessas professoras para a atenção aos excepcionais e a implementação de uma série de ações visando escolarizar pessoas com deficiência. Tal movimento, as posicionou como intelectuais da educação. Seus esforços engendrados contribuíram para a criação das primeiras instituições especializadas e para a integração escolar da pessoa com deficiência no Estado do Pará, modelos de escolarização concebidas à época. A experiência vivenciada pelas professoras pioneiras que repercutiu, ainda, na institucionalização da educação especial, culminou com a criação da Assessoria de Educação de Excepcionais, em 1970, transformada, em 1972, em Centro de Educação Especial do Pará, órgão responsável pela implantação da política de educação especial no Estado. Adotar a perspectiva da história social permitiu compreender a institucionalização como produções complexas produzidas por sujeitos em meio às suas experiências vividas e sentidas, encharcadas de concretude histórica. |