Anatomia do Complexo Valvar Atrioventricular Cardíaco Esquerdo da Baleia Minke (Balaenoptera acutorostrata Lacépède, 1804)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Lesnau, Giuliano Gustavo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-07092002-162525/
Resumo: Alguns aspectos funcionais do aparelho circulatório da baleia têm sido objeto de importantes relatos na literatura, destacando a acentuada bradicardia que ocorre durante o mergulho. Entretanto, existem poucas informações relativas à morfologia dos seus órgãos circulatórios, principalmente os componentes do complexo valvar cardíaco. Este trabalho tem como objetivo, abordar a morfologia macroscópica da valva atrioventricular esquerda da Baleia Minke, abrangendo também, os músculos papilares e as cordas tendíneas. Foram estudados os componentes anatômicos do complexo valvar atrioventricular esquerdo em onze corações de Baleias Minke (Balaenoptera acutorostrata). Esses órgãos foram obtidos no ano de 1980, quando ainda era permitida a caça desses animais no Brasil, no Porto de Cabedelo, Estado da Paraíba. Desde então são mantidos em solução aquosa de formol a 10%, no Laboratório de Anatomia da FMVZ/USP. Fez-se uma abordagem da valva atrioventricular esquerda pelo afastamento, após incisão, da parede direita do ventrículo esquerdo, verificando-se que o coração da baleia Minke se assemelha em sua morfologia ao coração de mamíferos terrestres, apresentando um mínimo de quatro cúspides. A cúspide septal é maior que a parietal. Como nas demais espécies, as cúspides permitem o balonamento durante a sístole ventricular. A cúspide com maior área por corda tendínea é a septal. O complexo valvar atrioventricular esquerdo apresenta feixes compactos de cordas tendíneas, reduzindo o volume de componentes dentro da cavidade ventricular. Caracterizaram-se quatro tipos morfológicos de cordas tendíneas, caracterizadas como dos tipos I, II, III, IV e comissurais. O músculo papilar subatrial é o mais proeminente. A baleia pode apresentar, além dos músculos papilares subatrial e subauricular, um músculo papilar acessório.