As políticas comerciais norte-americanas frente às disputas com o Japão e China (1980-2021), e suas lições para as potências emergentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nascentes, Débora Lemos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/101/101131/tde-13062024-165006/
Resumo: Essa pesquisa busca investigar como os Estados Unidos lidam com a ascensão de potências comerciais emergentes, propondo que tal manejo ocorre por meio de uma política comercial reativa baseada em medidas unilaterais, quando acordos mutuamente satisfatórios não são alcançados. Para compreender essa postura norte-americana e analisar os determinantes que conduzem a uma escalada até o ponto de desencadear uma guerra comercial, utilizamos o arcabouço teórico da Teoria dos Jogos, empregando, especificamente, um jogo sequencial de informação perfeita e completa. Esse jogo, aplicado na análise de dois estudos de caso, Estados Unidos-Japão e Estados Unidos-China, revelou, através destes exemplos, nuances estratégicas e padrões comportamentais sobre a dinâmica das relações comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais emergentes. Como principal conclusão, percebemos que a adoção de medidas unilaterais reativas por parte dos Estados Unidos se dá após uma análise estratégica dos payoffs que essa medida pode trazer, vis-à-vis as ações do país a quem são direcionadas. Destarte, ainda que estas medidas impliquem em custos altos, impactando não apenas as relações bilaterais, mas também reverberando globalmente, elas podem ser a escolha ótima para Washington a depender do contexto em questão, resultando na necessidade de estratégias adaptativas para potências emergentes, como o Brasil, que buscam preservar seus interesses em um cenário internacional dinâmico.