Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Esaki Mandaj, Vanini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-13082021-122747/
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Resumo: |
Com a Reforma Psiquiátrica, usuários com Transtornos do Espectro Autista (TEA) depararam-se com dificuldades nos novos \"lugares\" criados. Cada localidade tem encontrado caminhos para suprir as suas demandas, procurando garantir as necessidades desses usuários, seja pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou pelos Centros de Reabilitação (CER). Mas tem sido afirmada internacionalmente a necessidade de uma rede intersetorial que abarque os cuidados desses indivíduos de forma integral. Taboão da Serra é um município localizado na Região Metropolitana de São Paulo que apresenta uma rede de saúde com CAPS e CER, além de uma rede de saúde mental descentralizada e multidisciplinar nas unidades básicas de saúde (UBSs). Levando-se em consideração a situação das pessoas com TEA e o território de Taboão da Serra, fez-se necessário uma reflexão da rede de saúde mental do TEA nesse território, visando à garantia de direitos e ao compromisso de efetivação dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo geral deste estudo foi caracterizar a rede de atenção psicossocial de Taboão da Serra, para verificar a linha de cuidado dos sujeitos com TEA e os princípios do SUS. O estudo foi desenvolvido de forma observacional, retrospectivo, quantitativo, exploratório e descritivo com usuários da rede de atendimento com diagnóstico/hipótese diagnóstica de TEA até 18 anos de idade. Os dados mostraram que, partindo do Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi), 174 usuários foram atendidos em abril de 2019 e destes, 110 possuíam o diagnóstico/hipótese diagnóstica de TEA, 74% eram do sexo masculino, 17% estavam na faixa de idade de 5 anos, realizavam atendimento semanalmente e 50% realizavam atendimento com especialidade medicamentosa exclusiva de homeopatia. Destes, 22% vieram encaminhados pelo fonoaudiólogo da UBS, e a média do tempo de tratamento era de 32 meses. Dos usuários que permaneciam em nível ambulatorial no CAPSi, encontramos 78 com diagnóstico/hipótese diagnóstica de TEA. A fonoaudiologia foi a especialidade mais citada nos encaminhamentos posteriores. Dentro da rede de saúde externa ao CAPSi, encontramos 76 usuários com TEA e somente 8 pacientes realizavam atendimento no SER, sendo computada uma amostra de 237 usuários com TEA na rede de saúde de Taboão da Serra em abril de 2019. Percebeu-se a referência dos casos ao CAPSi, porém observou-se uma baixa relação na contrarreferência, diminuindo a integralidade e equidade do sistema. Conclui-se que uma rede pautada em atendimentos segundo a demanda individualizada do sujeito seria mais eficiente, pois o indivíduo poderia utilizar os serviços de acordo com a sua necessidade. Essa proposta criaria serviços mais humanizados, personalizados, assertivos, sem desperdício financeiro e atenderia o sistema da garantia de direitos dentro do SUS |