Quantificação das alterações identificadas em tomografia de feixe cônico na osteonecrose dos maxilares relacionada a medicações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Biancardi, Mariel Ruivo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-08062022-091915/
Resumo: A osteonecrose dos maxilares associada a medicamentos (OMAM) é um dos efeitos colaterais mais sérios advindos do uso de medicamentos antirreabsortivos e antiangiogênicos, utilizados para tratamento de diversas doenças, inclusive de tumores malignos. Tal condição está associada a alterações ósseas que podem ser detalhadamente avaliadas em exames provenientes de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC). Assim sendo, o objetivo deste trabalho foi quantificar as alterações ósseas observadas em TCFC de pacientes com OMAM clinicamente diagnosticada e associá-las com os quadrantes sem OMAM, além de relacioná-las com o tipo de medicação, via de administração, tempo de uso, doença de base e uso de corticoide. Para tanto, as imagens de TCFC de 27 pacientes diagnosticados com pelo menos um quadrante com OMAM clinicamente diagnosticada, totalizando 92 quadrantes ósseos, foram analisadas simultaneamente por duas examinadoras (kappa = 1). As alterações ósseas e os parâmetros clínicos dos pacientes foram anotados e tabulados e, por meio de regressão logística multivariada, foram encontrados as seguintes associações significativas: espessamento do ligamento periodontal e reabsorção óssea com o tempo de uso da medicação; osteoesclerose, espessamento da base da mandíbula, reabsorção óssea, espessamento da lâmina dura e osso tipo 1 com medicação antiangiogênica; osso tipo 1 com medicação via endovenosa; e alvéolo persistente, espessamento da lâmina dura e osso tipo 1 com pacientes oncológicos. Finalmente, não houve diferenças entre os quadrantes com OMAM e os demais quadrantes dos maxilares sem OMAM quanto às alterações ósseas (p 0.2). Dentro dos limites do estudo, portanto, é possível indicar que as medicações antiangiogênicas ou endovenosas em pacientes oncológicos apresentaram um maior risco para OMAM. No mínimo, ocorreram em todos os quadrantes duas ou mais alterações ósseas imaginológicas, identificadas nas imagens de TCFC.