A força de trabalho em saúde na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sixel, Taciana Rocha dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-01062023-165107/
Resumo: Introdução: Em decorrência do aumento expressivo de pessoas com comprometimento funcional, as demandas por reabilitação aumentaram. É fundamental conhecer a oferta da força de trabalho em reabilitação para melhor planejar o sistema de saúde visando atender às necessidades de saúde da população. Objetivo: Investigar a distribuição espaço temporal dos profissionais de saúde da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD) inseridos no Sistema Único de Saúde no período de 2007 a 2020. Método: Trata-se de estudo ecológico de série temporal sobre a oferta de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais que prestam atendimento na RCPD no Sistema Único de Saúde. O período de análise foi de 2007-2020 e os dados foram obtidos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. A densidade dos profissionais de reabilitação foi calculada por 10.000 habitantes por ano, no Brasil e cinco regiões geográficas. Para a análise das tendências temporais da densidade dos profissionais foi utilizado o modelo de regressão de Joinpoint, considerando o intervalo de confiança de 95%. Resultados: No Brasil, em 2020, as maiores densidades de psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais estavam na Atenção Especializada à Saúde (0,60; 0,20 e 0,16/10.000 habitantes, respectivamente), enquanto de fisioterapeutas estavam na Atenção Hospitalar à Saúde (1,19/10.000 habitantes). No Centro Especializado em Reabilitação, a maior densidade entre os profissionais foi dos fisioterapeutas (0,97/10.000 habitantes com deficiência). Existiram diferenças regionais na distribuição dos profissionais. Na Atenção Primária à Saúde, a região Nordeste apresentou maior densidade de fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. Em relação à Atenção Especializada à Saúde, a região Sul concentrou as maiores densidades em todas as categorias profissionais, enquanto na Atenção Hospitalar à Saúde a região Sudeste apresentou a maior força de trabalho. Houve aumento significativo na oferta de todos os profissionais, sendo o maior resultado dos terapeutas ocupacionais na Atenção Hospitalar à Saúde (AAPC: 30.8), apesar da baixa densidade. Conclusão: A força de trabalho de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais cresceu na RCPD no Brasil e regiões de 2007 a 2020 influenciada pelas políticas públicas de saúde implementadas