Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Motta, Fernando Daibert de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-29102019-105202/
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Resumo: |
Introdução - Doenças cardiovasculares são umas das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Vários fatores de risco preveníveis surgem na adolescência e estudos mostram que a aterosclerose é identificada já nesta fase da vida Objetivo - Avaliar a prevalência de fatores de risco para doenças cardiovasculares em adolescentes de 10 a 19 anos. Métodos - Estudo transversal realizado com 213 adolescentes adscritos a unidades de saúde do distrito oeste de Ribeirão Preto - SP entre os anos de 2017 e 2019. O tamanho amostral foi calculado utilizando-se o número de adolescentes cadastrados nestas unidades no e-SUS no ano de 2017 e a prevalência de sobrepeso e obesidade em adolescentes (31%), obtida em estudo realizado em escolares do município. As entrevistas foram realizadas nas unidades de saúde ou nos domicílios. Além da entrevista, realizou-se a aferição da pressão arterial, medição da circunferência da cintura e do quadril, peso e altura. Para a análise separou-se os adolescentes em duas faixas etárias, 10 a 14 anos e 15 a 19 anos. Os dados foram descritos através de frequências absolutas e percentuais e por meio de medidas como média, desvio-padrão, mínimo, mediana e máximo. A comparação das variáveis de interesse foi por meio de razão de prevalência e o teste estatístico foi o modelo de regressão log-binomial. Resultados - Adolescentes de 10 a 14 anos totalizaram 102, sendo 57,8% masculinos, adolescentes de 15 a 19 anos foram 111, sendo 54,1% do sexo masculino. Encontrou-se uma alta prevalência de indivíduos fisicamente ativos (84,5%), três vezes maior no sexo masculino que no sexo feminino. Viu-se que 66,1% dos jovens tiveram um tempo de tela maior que três horas em um dia habitual de semana. Quase a totalidade (97,4%) apresentou uma alimentação inadequada com baixa ingesta de frutas ou verduras ou com alta ingesta de frituras, guloseimas, ultraprocessados ou refrigerantes. No grupo de adolescentes de 10 a 14 anos, 34,3% apresentaram obesidade ou sobrepeso contra 24,4% no grupo de adolescentes de 15 a 19 anos. Foram observados 27,0% dos adolescentes com pressão alterada. Nos indivíduos obesos a prevalência de pressão alterada foi 2,88 vezes maior com relação aos eutróficos. Houve concordância entre as medidas da circunferência da cintura e a relação cintura-estatura com o IMC, sendo esta última a que melhor se correlacionou com o IMC. Embora, um quarto da população estudada já havia experimentado cigarro (20,7%), apenas cerca de 4 % fumou pelo menos um cigarro no período de trinta dias que antecederam a entrevista. O uso nocivo de álcool entre as moças foi de 4,7% entre as mais jovens e 35,3% entre as mais velhas, com os rapazes não foi encontrado uso de risco entre os mais jovens e encontrado 28,3% entre os mais velhos. Conclusões - Como esperado, foram identificados vários fatores de risco na população estudada passíveis de intervenção relacionados aos hábitos de vida. Sugere-se intervenções nesta fase de vida a fim de diminuir eventos cardiovasculares na idade adulta |