Consumo de bebidas alcoólicas e tabaco por adolescentes brasileiros: evidências empíricas para estratégias de prevenção populacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Durval, Kelly Cristina da Silva Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/28452
Resumo: O consumo de álcool e tabaco pode ocorrer em qualquer fase da vida da pessoa e pelos mais variados motivos. Geoffrey Rose (1992) classifica a prevenção de doenças em duas abordagens: a estratégia de alto risco e a estratégia populacional. A abordagem de alto risco tem sido priorizada como forma de prevenção. Mas sendo o uso de álcool e tabaco influenciados pelas condições do meio em que se vive, tendo seu uso explicado através de uma perspectiva ecológica social, contexto social e as suas interdependências, a valorização e a associação da estratégia populacional seriam, possivelmente, de grande auxílio ao seu combate. Objetivo: Analisar a associação entre o tabagismo e o consumo médio de álcool com a prevalência de consumo excessivo de bebidas alcoólicas em adolescentes das capitais brasileiras. Método: Trata-se de um estudo ecológico analítico de múltiplos grupos a partir de dados individuais do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). As associações foram investigadas através de diagramas de dispersão, análise de correlação linear (Pearson) e de regressão linear simples. A análise foi estratificada segundo sexo (Masculino e Feminino), faixa de idade (12 a 14 anos e 15 a 17 anos), cor da pele (Branca e Negra) e tipo de escola (Pública ou Privada). Resultados: O Tabagismo foi maior entre os adolescentes do sexo masculino, da cor branca, de escola pública da faixa etária 15 a 17 anos. O consumo excessivo de álcool foi maior entre os adolescentes do sexo masculino, de cor branca, das escolas privadas e a faixa etária de 15 a 17 anos. Foi encontrada uma correlação entre a média do consumo excessivo de álcool e a prevalência tabagismo em adolescentes das capitais brasileiras. Conclusão: O presente estudo apresenta evidências empíricas para a abordagem populacional na prevenção do uso e abuso de álcool na adolescência, baseada na associação observada em adolescentes das capitais brasileiras. Sugere-se que estratégias de base populacional seriam eficazes para reduzir o abuso de álcool, em especial entre adolescentes mais velhos.