Estudo da capacidade antioxidante, antimicrobiana e anti-hemolítica do gengibre (Zingiber offinale)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Dalgê, Jéssica Jamila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
NO
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-08092015-083147/
Resumo: O presente estudo teve como objetivo determinar a capacidade antioxidante, antimicrobiana e anti-hemolítica do gengibre (Zingiber officinale) utilizando diferentes solventes extratores. Para tal, rasuras secas de gengibre foram trituradas e usadas na proporção 1:50 (p/v) nas quatro diferentes extrações: água, etanol (70%), acetona/ácido acético (70%/2%) ou acetona (70%). Após centrifugação, o extrato foi utilizado pra determinar o conteúdo de compostos fenólicos por Folin-Ciocalteau e ação sobre os radicais ABTS+. e DPPH.. Foi selecionado o melhor solvente extrator pelas propriedades antioxidantes e facilidade de sua remoção da matriz. Este extrato foi submetido à rotaevaporaçao, liofilizaçao e ressuspenção em tampão fosfato salino (PBS) e, então, utilizado nos estudos biológicos de captura de NO, ação antioxidante sobre hemólise induzida e ação sobre o crescimento de S. aureus. Os resultados foram expressos como média e desvio padrão. Para análise estatística empregou o software Minitab® com comparação entre grupos por ANOVA, diferenças significativas por Tukey e P < 0,05. O extrato de gengibre obtido em acetona apresentou maior conteúdo de compostos fenólicos (8,52 ± 1,24 mg equivalente de ácido gálico/g de gengibre). O extrato acetona apresentou menor valor de EC50 e maior ação antioxidante mediantes o ensaio com ABTS+., sendo respectivamente 0,07 ± 0,01 mg de massa seca do extrato/mL de ensaio e 10,93 ± 0,79 mg equivalentes de trolox (ET)/g de gengibre, sem diferença significativa com os valores obtidos nos extratos etanol e acetona/ácido. No ensaio do DPPH., o extrato acetona apresentou menor valor de EC50 (0,15 ± 0,01 mg de massa seca de extrato/mL de ensaio) e maior ação antioxidante (8,35 ± 0,60 mg ET/g de gengibre), sem diferença significativa com relação ao extrato etanólico. Dentre todos os ensaios, a extração em água apresentou resultados menos satisfatórios. A acetona foi selecionada como solvente extrator dos componentes do gengibre para os estudos biológicos. O extrato de gengibre (17,25 mg de massa seca/mL) inibiu 50% da formação de produtos no ensaio de captura de NO, valor similar ao obtido pela presença do antioxidante ácido gálico. Concentrações menores de extrato também agiram sobre o NO, sendo que 1,25 mg/mL refletiu em 33% de inibição. A hemólise foi evitada em 100% pelo extrato de gengibre em concentrações acima de 113 µg de massa seca de extrato/mL, resultado similar ao encontrado no ensaio contendo ácido ascórbico. A lise das hemácias foi evitada em 44% na presença de extrato 57 µg/mL. O extrato de gengibre não apresentou ação antimicrobiana sobre S. aureus. Conclui-se o extrato de gengibre, nas condições deste estudo, apresenta atividade antioxidante sobre ABTS+. e DPPH.; bem como sobre sistemas biológicos modelos como na captura de NO e lise de membrana celular.