Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barros, Karina Ferrara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-20122023-145054/
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Resumo: |
Ao preparar a organização para a administração de riscos e conflitos, o profissional de Relações Públicas atua como um analista de cenários (FERRARI, 2011), o que requer a utilização de processos como comparar, classificar, quantificar, medir, explicar, generalizar, inferir e avaliar. Esses processos envolvem a mobilização dos saberes matemáticos, aqui definidos com base em DAmbrosio (2018) como o conjunto de conhecimentos de natureza matemática que são utilizados diariamente pelos indivíduos e não são aprendidos somente por meio da educação formal. Assim, os saberes matemáticos se diferenciam do conhecimento formalizado e ensinado nas escolas e universidades, que é a disciplina Matemática ou a matemática acadêmica. A partir da perspectiva do Programa Etnomatemática, que coloca em xeque a universalidade da Matemática produzida pela academia, o trabalho em questão tem como objetivo investigar a prática profissional de Relações Públicas e propor recomendações sobre como o conhecimento matemático pode ser abordado no curso de graduação de Relações Públicas considerando as atitudes perante a Matemática. Por meio do uso da técnica survey, participaram da pesquisa 319 egressos do curso de Relações Públicas da ECA-USP formados entre 1993 e 2021, e os resultados foram obtidos com estatística descritiva e condução do teste não-paramétrico Kruskal-Wallis. Com isso, foram identificadas 225 tarefas do dia a dia profissional dos relações-públicas que utilizam os saberes matemáticos, a partir de cinco categorias: Agir estrategicamente e estar um passo à frente, Operacionalização do dia a dia profissional, Toda ação tem uma mensuração, O papel analítico em evidência e Atravessamentos dos processos organizacionais. Além disso, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nas atitudes perante a Matemática em relação às seguintes variáveis: idade, cor/raça, escolaridade, cargo, experiência da Matemática como obstáculo e atuação em Relações Públicas/Comunicação. A pesquisa realizada resultou em oito recomendações sobre como tratar o conhecimento matemático nos cursos de Relações Públicas, as quais: abordagem transdisciplinar; compreensão da matemática como conjunto de conhecimentos; considerar as individualidades dos estudantes; dialogar sobre dificuldades com a matemática; descortinar práticas de natureza matemática nas Relações Públicas; contextualização de conteúdos para a área das Relações Públicas; refletir sobre a finalidade da aprendizagem dos conteúdos de natureza matemática; preocupação com a didática de ensino. O estudo realizado pode contribuir com o aprimoramento da formação oferecida aos estudantes de Relações Públicas, de forma a proporcionar que estes alunos depois de formados ampliem o leque de possibilidades de trabalho, incluindo atividades que demandem a mobilização de conhecimentos e competências matemáticas. |