Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Campos, Evilin Thaoane de Matos |
Orientador(a): |
Grohmann, Rafael do Nascimento |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
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Departamento: |
Escola da Indústria Criativa
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11243
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Resumo: |
O objetivo desta dissertação é investigar o impacto do mundo do trabalho em contexto neoliberal para as estratégias de crescimento profissional de mulheres graduandas em jornalismo. Para tal objetivo, contamos com a perspectiva interseccional para compreender os desdobramentos dos marcadores sociais da diferença que atravessam a realidade das colaboradoras-participantes desta pesquisa, que são cinco estagiárias mulheres de Jornalismo do estado do Rio Grande do Sul, com distinções de raça (branca e negra), classe (compõem a classe-de-vive-do-trabalho), localidade (Porto Alegre e região metropolitana) e sexualidade (heterossexual, bissexual e homossexual). A partir das articulações entre teoria e vivências de cinco meses de entrevistas, com o acionamento do método etnográfico (TRAVANCAS, 2012; STRATHERN, 2017), inferirmos que: 1) estágio também é uma questão de classe por questões de sobrevivência, mesmo que a literatura do campo se debruce em demasia na perspectiva unilateral de experimentação (VALVERDE, 2006; CAMPOS; ROCHA, 2011; PEREIRA, 2015; PEREIRA et al, 2015; 2016; ZACARIOTTI; SOUZA, 2019); 2) é compulsória a adesão a estratégias de crescimento profissional baseadas no neoliberalismo, ainda assim existem ações fundamentadas em bem comum e coletivo que encontram harmonia na práxis das colaboradoras-participantes; 3) as estratégias de elaboração de autoridade sobre as habilidades caminham juntas com as ações de compensação de gênero, logo acontecimentos sexistas se escondem em suas narrativas e apenas a leitura de fracasso ou sucesso profissional na perspectiva individual estão propensos a emergir; 4) em contrapartida, preconceitos racistas no interior da universidade e do trabalho são mais facilmente identificados pelo prisma de raça e não interseccional. Em vista desses pontos, identificamos que os estudos sobre estágio em jornalismo guardam lacunas a serem destrinchadas com a participação das/os alunas/os para que compartilhem suas memórias sobre como, quando e onde ocorrem suas percepções e decisões sobre o futuro da profissão. |