A compartimentação hidrogeológica do Sistema Aquífero Serra Geral (SASG) e Sistema Aquífero Guarani (SAG): um estudo na região da escarpa basáltica nordeste do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Rafaela Christ da
Orientador(a): Tognoli, Francisco Manoel Wohnrath
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geologia
Departamento: Escola Politécnica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9832
Resumo: A área de estudo, situada na porção sul da Bacia do Paraná, no nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, possui como fontes de abastecimento dois importantes sistemas aquíferos, o Guarani (SAG) e o Serra Geral (SASG). O primeiro, constituído pela porosidade secundária nas rochas vulcânicas da Formação Serra Geral e o segundo, pela porosidade primária nos arenitos da Formação Botucatu. Por abranger uma zona de contato litológico, as estruturas tectônicas que interceptam as pilhas de derrames vulcânicos podem afetar as rochas areníticas do SAG e dependendo de suas características como orientação e tipo de fraturamento, proporcionar a conexão entre os dois aquíferos, afetar diretamente a sua produtividade, e promover a compartimentação hidrogeológica. Para o presente estudo foram utilizados dados de 375 poços que captam água subterrânea do SASG, do SAG e de ambos os sistemas, a fim de avaliar as características hidrodinâmicas, de potenciometria e altimetria do contato litológico. Estes dados foram analisados juntamente com lineamentos estruturais regionais, medidas de juntas em mais de 100 afloramentos de rochas vulcânicas e areníticas e análises petrográficas para avaliação da porosidade e tipos de cimento. Os resultados demonstraram a ocorrência de compartimentos hidrogeológicos distintos controlados por zonas de falha de orientação NW,NNW, and NNE, conexão por juntas e, localmente, falhas. As características texturais e composicionais dos arenitos controlam a preservação ou obliteração do sistema poroso e determinam seu comportamento produtivo como aquífero. A superfície do contato entre as formações Botucatu e Serra Geral é favorável à circulação e armazenamento de água subterrânea conforme corroborado por 93% dos poços que atravessaram essa superfície. A integração dos resultados permitiu propor um modelo hidrogeológico conceitual integrando os sistemas aquíferos Guarani e Serra Geral.