Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cassel, Marlise Colling |
Orientador(a): |
Chemale Junior, Farid |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geologia
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Departamento: |
Escola Politécnica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12866
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Resumo: |
A Bacia de Pelotas é a bacia mais a sul da margem brasileira, resultado da ruptura do Gondwana. Possui uma área de cerca de 250.000 km², limitada a norte pelo Alto de Florianópolis (Santa Catarina, Brasil) e a sul pelo Alto Polônio (no Uruguai). A espessura atinge até 12 km do Barremiano ao Recente. É uma bacia singular no Atlântico Sul por fatores como a presença de Seward Dipping Reflectors de grande espessura e, comparada com outras bacias da margem, é ainda considerada depletada em hidrocarbonetos. Por tratar-se de uma bacia com especificidades genéticas (estruturais e estratigráficas), diferente de outras bacias marginais brasileiras, é necessária a geração de novos dados, análise e reinterpretação de dados já existentes. A presente tese de doutorado está comprometida com os aspectos estratigráficos da bacia. Os dois manuscritos apresentados aprofundam os estudos sobre o preenchimento e compartimentação estrutural da bacia. Esta tese utilizou sísmicas e poços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) do Brasil e os softwares Petrel versões 2017, 2018, 2020, desenvolvidos pela Schlumberger e TemisFlow Petroleum System Software versão 2019, desenvolvido pelo Instituto Francês do Petróleo e BeicipFranlab – Consultoria em Óleo e Gás. A tese foi desenvolvida através de interpretação sísmica, backstripping, análise da taxa de espalhamento do Atlântico Sul e modelagem numérica 2D de bacia. Os resultados aqui atingidos identificaram a influência da tectônica da Cordilheira Andina sobre a sedimentação da Bacia de Pelotas na forma de pulsos de soerguimento, bem como a influência climática do alargamento da Passagem de Drake nos depósitos a partir do Oligo-Mioceno através do registro de correntes de contorno. Discriminou-se como raiz destas influências a interação entre as placas tectônicas Sul Americana, Antártica e Nazca. Adicionalmente, foi comprovada de forma inédita existência de sobrepressão no Cone de Rio Grande, bem como identificadas as suas causas como alta taxa de sedimentação, espesso pacote de folhelhos subcompactados e transformação de esmectita em ilita. |