As representações de educação básica na Revista Vozes durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pasinato, Darciel
Orientador(a): Grazziotin, Luciane Sgarbi Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7784
Resumo: O presente estudo tem como objeto de análise as representações de Educação Básica presentes na Revista Vozes durante a Ditadura Civil-Militar brasileira entre 1964 e 1985. A escolha desse impresso para analisar esse tema justifica-se pelo longo período que compreende a publicação da Revista de forma ininterrupta. O periódico teve um papel importante ao longo da História da Educação brasileira, pois sempre se posicionou sobre diversos temas da atualidade, sobretudo os temas relacionados à Educação. A pesquisa fundamenta-se nos pressupostos da História Cultural, e opera com os conceitos de representação e prática na perspectiva de Roger Chartier. O periódico passou por diversas fases, assim como seus editores, que também deixaram as suas marcas. No processo de análise desses documentos construí as seguintes categorias para analisar a Educação Básica: Escola Católica; Educadores Católicos e Leigos e Educação, Formação e Desenvolvimento. Desse modo, tomando como referência as problematizações construídas ao longo desta pesquisa, defendo a tese de que a Revista Vozes, por intermédio de seus colaboradores, produz representações relacionadas à Educação Básica traduzidas em um discurso católico. Não ignoro os aspectos dos jogos de interesse e as relações de poder, através de uma trama bem articulada que o periódico possuía, com a elite política e econômica do país, que possibilitou que o impresso fosse publicado por nove décadas seguidas (1907-2003). Enfim, destaco que é preciso deixar claro que as ideias expressas nas páginas da Revista Vozes não fogem do que os editores pensavam. Quando os artigos eram publicados, representavam a visão do editor e de todo o grupo naquele momento por eles representados, transformando o impresso em um espaço para as disputas. O que se coloca nas páginas do periódico entre as décadas de 1960 e 1980 é a visão de mundo de um grupo que, no momento, tenta se sobrepor aos demais. Tanto na ordem dos franciscanos como na Igreja, assim como nos demais estratos da sociedade, incluindo o próprio Estado.