Audiodescrição e cidadania : processos comunicacionais de sujeitos cegos vinculados aos usos e apropriações da rede social WhatsApp

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Campanhã, Marcela Ribas
Orientador(a): Bonin, Jiani Adriana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9124
Resumo: Esta pesquisa é dedicada a investigar os processos comunicacionais nos usos e nas apropriações de mídias digitais por pessoas com deficiência visual (PDV), na perspectiva de sua cidadania comunicativa. A investigação envolve dois aspectos: a relação com a audiodescrição e o uso da rede social WhatsApp. Para dar conta da complexidade do objeto desta investigação, é realizada uma contextualização de aspectos relativos à questão da deficiência visual no contexto brasileiro, ao panorama da audiodescrição e a inclusão comunicacional/digital de pessoas cegas nos processos de midiatização, com foco no digital. A pesquisa é fundamentada em argumentos teóricos que trabalham os conceitos de midiatização, comunicação digital e tecnologia assistiva, cidadania comunicativa, recepção, usos e apropriações apresentando, também, aspectos envolvendo a cegueira e a audiodescrição. Para realizar a investigação acerca dos usos das mídias e do WhatsApp pelos sujeitos comunicantes cegos, realizamos um percurso fundamentado na perspectiva transmetodológica (MALDONADO, 2008) que envolveu, na sua construção, processos de pesquisa exploratória, levantamentos bibliográficos e pesquisa da pesquisa; e empiricamente observação participante e entrevistas em profundidade com os relatos de trajetórias de vida de quatro sujeitos cegos. Os resultados indicam que, os usos e as apropriações que esses sujeitos realizam nos ambientes digitais apresentam certas similaridades em relação aos usos e apropriações das pessoas videntes. A diferença é que para as PDV é necessário adaptar-se a um contexto comunicacional que é hegemonicamente pensado para as pessoas que enxergam. Também verificamos que o desenvolvimento das tecnologias assistivas facilita o processo de acessibilidade e de inclusão dessas pessoas. No entanto, para que a cidadania comunicativa seja de fato uma realidade, são necessários outros fatores de ordem legal, social e cultural.