A construção social do self em interações midiatizadas: respostas de autistas ao ambiente estigmatizante

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Gedrat, Letícia Cristiane
• Orientador(a): Ferreira, Jairo Getulio
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
• Departamento: Escola da Indústria Criativa
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Estigma; Autismo; Novas lógicas; Interação midiatizada
• Palavras-chave em Inglês: Self; Stigma; Autism; New logics; Mediatized interactions
• Área do conhecimento CNPq: ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Comunicação
• Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11239

Diante da percepção de que na ambiência social circulam sentidos que estigmatizam determinados sujeitos, este trabalho tem como tema a criação de novas lógicas de resposta por parte de indivíduos autistas. Problematizamos essa questão a partir da compreensão de que os atores irrompem ao espaço público para constituição social de seu self, por meio das interações midiatizadas. Apoiamos nossos movimentos de pesquisa no método abdutivo para dar conta de um formato inferencial que permita cruzamentos entre teoria e empíricos ao curso de toda investigação. A partir da compreensão do contexto sociocultural dos sentidos que envolvem o autismo, nossas reflexões teóricas estão em interface com os conceitos de estigma (GOFFMAN, 1978), self e ator social (GOFFMAN, 1985), reconhecimento, sistema, ambiente e interpenetrações (LUHMANN, 2009). Além disso, nos baseamos principalmente nas perspectivas do processo de midiatização da sociedade, conforme perspectivas da Linha de Pesquisa Midiatização e Processos Sociais PPGCC-Unisinos, como forma de compreeender a ambiência, de circulação e interação. A análise de nosso objeto se dá por meio da observação de perfis de sujeitos autistas no Instagram, em que buscamos analisar os indícios a partir de uma metodologia que considere a diferenciação dos indivíduos, superando um agrupamento categorial. Neste espaço de análise, buscamos trazer transversalidades com os conceitos teóricos visitados, o que nos permitiu realizar descobertas principalmente a respeito da constituição do self pela interação mediada por redes sociodigitais e também as mútuas afetações entre as manifestações individuais e coletivas relacionadas ao ser autista.