A direita estudantil universitária no Rio Grande do Sul : entre a democracia e a ditadura (1961-1968)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Mateus da Fonseca Capssa
Orientador(a): Ramírez, Hernán Ramiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7008
Resumo: Este trabalho investiga a organização, posição e ações da direita estudantil universitária no Rio Grande do Sul entre os anos de 1961 e 1968. Busca-se compreender a formação de grupos de oposição à União Nacional de Estudantes e ao governo de João Goulart no período de polarização política que antecedeu o Golpe de 1964. Nesse período, destaca-se o surgimento do Movimento Democrático Universitário e a ação da Federação dos Estudantes Universitários Particulares. Além disso, observa-se a relação desses com outros grupos anticomunistas no Rio Grande do Sul, cuja articulação principal se deu a partir dos cursos denominados “Educando para a Democracia”. São avaliados também os impactos do Golpe e da consolidação da Ditadura Civil-Militar sobre esses estudantes de direita. Em um primeiro momento, eles foram beneficiados ao assumirem como delegados as entidades estudantis sob intervenção. Em um processo de expansão e consolidação, venceram duas eleições diretas para o Diretório Estadual de Estudantes e criaram movimentos como o Decisão, uma tentativa de aglutinar estudantes com a mesma linha política. No entanto, outros dispositivos legais, como o Decreto Aragão, somados a incapacidade da Ditadura em responder aos anseios estudantis, levaram a um tensionamento cada vez maior a partir de 1967. As fontes utilizadas no trabalho foram as notícias publicadas pelos jornais da época, os documentos produzidos pelas próprias entidades estudantis e entrevistas realizadas com ex-militantes estudantis.