Vizinhos em guarda: o anticomunismo no Brasil e na Argentina durante as ditaduras civil-militares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Borges, Júlio de Azambuja
Orientador(a): Elmir, Cláudio Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/10902
Resumo: Esta investigação tem como objetivo analisar através de uma perspectiva comparada o papel do argumento anticomunista na construção da legitimidade da última ditadura civil-militar brasileira e da penúltima argentina. No Brasil, é focado o período entre 1964-1968. Na Argentina, interessam as duas primeiras presidências, entre 1966 e 1971. Em ambos os casos, foi averiguada a filiação política e as críticas aos presidentes depostos (João Goulart e Arturo Illia) e os discursos oficiais que tinham como objetivo fabricar o consenso na população diante do golpe de estado, da ditadura e de suas ações. Além disso, foi escolhido um periódico de cada país como estudo de caso para avaliação das possíveis repercussões do anticomunismo e dos demais argumentos legitimadores na imprensa regional: no caso brasileiro, optou-se pelo jornal Zero Hora, da capital do estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; no caso argentino, foi analisado o discurso político do jornal La Voz del Interior, da província de Córdoba e sediado na capital de mesmo nome. A análise comparada dos dois campos de observação, realizada a partir da similitude básica – golpes civil-militares retirando presidentes eleitos na década de sessenta e no contexto da Guerra Fria – caminhou pela complexa relação entre semelhanças e diferenças. Ao fim, as especificidades de cada uma das realidades se revelaram com mais intensidade, demonstrando, apesar da paridade interpretativa inicial e da presença do anticomunismo em ambos os discursos, caminhos próprios, principalmente no que se refere às estratégias de legitimação. Os dois periódicos também revelaram posicionamentos peculiares, apresentando diferentes posturas diante do governo autoritário.