Estudantes bolsistas do ensino médio/técnico na rede privada: equidade de oportunidades ou falta de amparo?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Müller, Franciele
Orientador(a): Veronese, Marília Veríssimo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13410
Resumo: A presente pesquisa buscou olhar para a realidade de estudantes bolsistas do Ensino Médio e Técnico em uma instituição privada, no município de Gravataí (região metropolitana de Porto Alegre/RS), investigando se é alcançada a equidade nas oportunidades ou se falta amparo aos estudantes, no processo. O trabalho é de cunho qualitativo, realizado através de um estudo de caso. Em um primeiro momento, contextualizou-se a construção do ensino no Brasil – tanto na esfera pública, quanto na privada -, compreendendo as políticas públicas para oferta de acessos, especialmente na adolescência, uma fase de mudanças, cheia de significados e necessidade de acolhimento. Em um entrelace entre as Ciências Sociais e a Educação, A. Sen, J. Rawls e P. Freire conduziram as reflexões, de modo a compreender categorias como liberdades, sociedades mais justas e educação crítica. A imersão no contexto escolar deu-se através de entrevistas, questionários e grupos focais, adaptando as técnicas às necessidades dos interlocutores da pesquisa. Gestores, professores, famílias e estudantes participaram, a fim de proporcionar uma visão multifocal da realidade vivenciada pelos bolsistas, desde as experiências prévias, até as vivências cotidianas. Conclui-se que a escola busca promover a equidade de oportunidades. No entanto, os contextos extracurriculares não corroboram com essa realidade, dificultando a inserção completa dos jovens devido às grandes diferenciações externas. Aspectos do cotidiano, como o “sentir-se pertencente”, manifestam-se nos detalhes, através da oferta de alguns bens materiais – como uniformes, no caso do Ensino Técnico - mas, principalmente, dos imateriais, como a potencialização das capacidades e o auxílio no fortalecimento da autoestima. Por conseguinte, é possível observar que dois aspectos básicos estão no cerne da promoção da equidade: ouvir e acolher os estudantes, pois é através da escuta ativa que o senso de pertencimento é consolidado.