Argumentação no jornalismo opinativo: um estudo da Coluna do Castello no período de 1963 a 1969

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Ionio Alves da
Orientador(a): Henn, Ronaldo Cesar
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Universidade Federal do Piauí
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação
Departamento: Escola da Indústria Criativa
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4325
Resumo: A presente tese consiste na análise das estratégias discursivas do jornalista piauiense Carlos Castello Branco em seus comentários acerca de eventos políticos engendrados nos bastidores do poder central do país, veiculados pela Coluna do Castello, no Jornal do Brasil, entre 1963 e 1969. Trata-se de uma pesquisa documental, visando a estudo de caso, na qual buscamos entender a opinião de Castello sobre o golpe de 1964 e as seguidas ações adotadas pelos militares no sentido de consolidar a tomada do poder e perpetuar o regime. O estudo inscreve a argumentação no campo jornalístico, procurando identificar a anatomia discursiva dos comentários de Castello: seus argumentos, seus valores, seu lugar de fala e sua postura em relação aos militares no poder. Utiliza como método, a análise argumentativa da opinião, no intuito de interpretar o conteúdo dos comentários, privilegiando os juízos de valor que os moldam e as circunstâncias em que são produzidos. A pesquisa busca respaldo na retórica de Aristóteles (2005, 2013) e na nova retórica de Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca (2005), em que a argumentação é entendida em uma situação de comunicação, uma ação pelo discurso, cujo objetivo é provocar a adesão do público a teses que lhe são propostas, e conta como suporte, dos estudos de Philippe Breton (1999, 2001), Michel Meyer (2007), Olivier Reboul (2004), Roland Barthes (2001) e Gabriel Tarde (1992). Na análise, constata-se que Castello estabelece relação amistosa com suas fontes no campo do poder político civil, e do poder militar, o que garante o lugar que lhe é atribuído no jornalismo político brasileiro.