Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Poersch, Lauren Azevedo |
Orientador(a): |
Lopes, Maura Corcini |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Escola de Humanidades
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13364
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Resumo: |
O objetivo central desta tese é conhecer e problematizar como estudantes com deficiência se narram na experiência com o aprender na universidade. A materialidade analisada compreende 11 entrevistas-narrativas com alunos universitários com deficiência, atendidos pelo Programa de Apoio aos Estudantes com Necessidades Específicas da Universidade Federal do Rio Grande, matriculados em cursos de graduação. A intenção foi empreender uma analítica reflexiva sobre as experiências desses estudantes em relação ao seu aprender na universidade, problematizando como são estabelecidas essas experiências e os efeitos que elas produzem, a partir do que está dito e das relações e tensões que estabelecem. As análises mostraram como a in/exclusão opera no ambiente universitário por meio de práticas de apoio que invisibilizam a presença do aluno com deficiência e limitam seu acesso ao ensino, tornando o seu aprender um desafio à normalidade estabelecida. Apontaram também uma educação pautada numa lógica explicadora que, no encontro com a deficiência, reafirma a incapacidade como elemento de subjetivação, limitando o aprender do estudante universitário com deficiência, determinando seu modo de ser, ao fazer com que não acredite em sua capacidade de aprender. Entretanto, verificou-se que, ao aplicar a lógica explicadora a todos os alunos (com ou sem deficiência), o professor ignora as especificidades do estudante com deficiência, fazendo com que ele improvise estratégias ao seu aprender, num movimento de emancipação, que cria rotas de fuga à lógica instituída. A emancipação evidenciada nas narrativas dos participantes da pesquisa, demonstra a potência desses corpos em um espaço comum: a universidade. Não como um movimento contrário à subjugação, mas como uma rota de fuga do sujeito à lógica de ensino estabelecida. Uma atitude intelectual por parte do aluno, em busca de aprender e traduzir os signos do mundo a partir de seu próprio olhar. Desta forma, verificou-se que os estudantes universitários com deficiência se narram na experiência por meio de singularidades emancipadas, que produzem estratégias à emancipação do seu aprender. |