Desempenho de sustentabilidade de cooperativas de crédito: um estudo em um sistema cooperativo de crédito brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Viana, Camila Luconi
Orientador(a): Vaccaro, Guilherme Luís Roehe
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios
Departamento: Escola de Gestão e Negócios
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5588
Resumo: Hoje em dia, embora muitas empresas gerenciem o tema sustentabilidade nas suas organizações, elas ainda enfrentam dificuldades em aplicar os seus conceitos considerando os aspectos materiais de cada negócio e usando-os como ferramenta para a perenidade e para a criação de valor compartilhado. O sistema cooperativo de crédito estudado neste trabalho também tem este desafio. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar o desempenho em sustentabilidade das cooperativas de um sistema cooperativo de crédito por meio de um framework que considere atributos específicos de cooperativas de crédito. O estudo de nível exploratório adotou uma abordagem qualitativa e quantitativa. Foram realizadas entrevistas com três especialistas de bancos sociais/baseados em valores para analisar o papel e a relação da sustentabilidade nestas instituições e em cooperativas de crédito. Já para propor um framework para análise do desempenho em sustentabilidade que considerasse especificidades do cooperativismo foi feita uma análise documental nas diretrizes de sustentabilidade GRI, SASB, GIIRS e GABV e entrevistas com cooperativas do Sistema. O framework foi convertido em instrumento, validado e aplicado através de uma survey às 95 cooperativas de crédito do Sistema. Como resultados identificou-se que, ao contrário do que a literatura defende, o cooperativismo é apenas uma forma jurídica se os seus valores não forem praticados. Há uma forte aderência das cooperativas de crédito aos princípios dos bancos sociais/baseados em valores, mas é necessário maior foco no uso dos recursos para estimular atividades de impacto socioambiental positivo. Na proposição do framework foram sugeridos - além dos constructos, modelo de negócios, governança, desempenho econômico, produtos e serviços, ambiental e social - subconstructos especificamente ligados ao cooperativismo como a gestão democrática, o desenvolvimento local, a capacitação de associados e a articulação regional/intercooperação. Por fim, o desempenho médio das 34 cooperativas foi de 2,64 e mediana de 2,69, o que mostra que as cooperativas, têm ações esporádicas em relação ao tema sustentabilidade, mas é necessária a adoção de indicadores e processos de gerenciamento formais. Os processos mais recentes ligados ao desenvolvimento sustentável foram os que apresentaram maior oportunidade de melhoria. Os constructos de maior desempenho foram os de governança e desempenho econômico e, em seguida, o constructo social, que são os pilares básicos de uma cooperativa. As implicações deste resultado para o Sistema é que é necessário traçar uma ambição em sustentabilidade e uma estratégia para melhorar os resultados que passa, principalmente, por definir indicadores, mensurá-los e estabelecer processos para melhorá-los.