Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cuogo, Francisco Coelho |
Orientador(a): |
Veronese, Marília Veríssimo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
|
Departamento: |
Escola de Humanidades
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5348
|
Resumo: |
A dissertação que segue se propõe a analisar as transformações ocorridas a partir da década de 1970, com a reestruturação do capitalismo, considerando seus efeitos sobre as características do trabalho e sobre as estruturas organizacionais impactadas pela sociedade informacional. Pretendemos, assim, discutir as mudanças que vêm ocorrendo no contexto profissional, estabelecendo relações com as transformações da economia e do contexto organizacional a partir da transição da era industrial para a era da informação. Nessa conjuntura, buscamos desenvolver uma percepção crítica sobre as exigências que vêm sendo feitas por parte das organizações em relação às competências requeridas do trabalhador contemporâneo e como tais aspectos podem afetar - positiva ou negativamente - a classe trabalhadora. Por isso, abordamos neste trabalho as características da era industrial, estreitando nesta abordagem o trabalho mecanicista, as características do fordismo e seus efeitos sobre o trabalhador taylorista. No tópico seguinte, destacamos a crise do modelo fordista de acumulação, a transição para a acumulação flexível, onde discorremos, também, sobre o toyotismo e o informacionalismo. Em seguida, consideramos os efeitos da economia neoliberal sobre as características e a organização do trabalho, analisando os estímulos conferidos ao trabalho flexível. Buscamos investigar os reflexos das mudanças ocorridas no trabalho da era industrial (sob a perspectiva do modelo fordista) para a era informacional (sob a perspectiva da acumulação flexível e do neoliberalismo) sobre o trabalhador e, mais especificamente, buscamos entender os sentidos deste tipo trabalho para o jovem trabalhador contemporâneo. Para abordar as características do modelo fordista e seus efeitos sobre o trabalhador industrial utilizamos as obras de Harvey (1992), Alves (1999) e Aranha (2006). Ao falar sobre a sociedade informacional e o neoliberalismo foram analisadas as concepções de Castells (2002) e Anderson (1996). Nos aspectos relacionados ao trabalho - bem como sobre a sua flexibilidade - utilizamos como referência as obras de Antunes (2005), Sennet (2006) e Lazzarato (2001). Aproximamos, ainda, alguns conceitos da área da administração, visto que o discurso desta área contribui para legitimar a condição do trabalho na atualidade, principalmente no que diz respeito ao trabalho flexível. Para sustentar estes argumentos recorremos a autores como Eboli (2004), Meister (1999) e Caravantes (2008). A pesquisa desenvolvida nesta dissertação levantou dados qualitativos através de aplicação de questionário com perguntas abertas. Os questionários foram aplicados em dois grupos de profissionais (todos na condição de trabalhadores e estudantes do ensino superior), separados por faixa etária. O primeiro grupo de jovens trabalhadores estava na faixa etária de 18 a 35 anos e o segundo grupo de trabalhadores na faixa etária acima de 36 anos. Dessa forma, objetivamos compreender a percepção destes trabalhadores acerca do trabalho flexível. Para análise das respostas dos questionários utilizamos o método de análise de conteúdo de Bardin (1994). |