“Intervenção militar, já!?”: o lugar das memórias sociais da ditadura no processo de ascenso e consolidação conservadora no Brasil (2010-2018)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pires, Thiago Vieira
Orientador(a): Viola, Solon Eduardo Annes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Vale do Rio dos Sinos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Escola de Humanidades
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9452
Resumo: Esta tese se dedica a analisar os efeitos políticos de memórias, autoritarismos e resistências no momento presente em que História e Memória estão em disputa e se chocam em batalhas (de sentido e legitimidade), produzindo tentativas de revisionismo, reescrita e ressignificação do passado recente brasileiro. Dedica-se a analisar essas disputas, mas também os excessos, apagamentos, silenciamentos, resgates e potencialidades das memórias sociais e coletivas decorrentes do período ditatorial (1964-1985) e suas (possíveis) implicações para o estabelecimento de um cenário de ascenso (2015-2016) e consolidação (2017-2018) conservadora no Brasil. Partindo de alguns elementos constitutivos da formação social brasileira, destacando o histórico de pactos e acordos que mantém os privilégios das elites nacionais em diferentes épocas através da manipulação de histórias e memórias, analisa os efeitos do período autoritário sobre o processo de “abertura e transição democrática”. A partir da Constituição Federal de 1988 e das lentas e parciais medidas assumidas pelo Estado brasileiro em relação à Justiça de Transição, desenvolve três vetores principais que orbitam o objeto da pesquisa – Comissão Nacional da Verdade (CNV), manifestações de 2013 e manifestações de 2015 e 2016. A partir desses três vetores estabelece as condições para analisar e compreender as relações entre os legados e heranças autoritárias da ditadura civilmilitar para o estabelecimento do atual projeto autoritário-conservador que passou a incluir, concretamente, o fator militar(ista) e outros contornos autoritários e fascistizantes nos desdobramentos da conjuntura política nacional. Essas questões convergem para a hipótese central da investigação que diz respeito ao potencial das memórias sociais para o enfrentamento (ou aceitação) da barbárie e dos retrocessos autoritários que conformam o instável e incerto cenário político brasileiro.